quarta-feira, 20 de maio de 2015

Um relógio na lapela de uma senhora... na Praia do Alfeite, há mais de cem anos...


A fotografia retrata uma família de veraneantes, nos finais do século XIX, início do século XX, na Praia do Alfeite, na margem esquerda do Tejo, em frente a Lisboa. Faz parte do acervo da Câmara Municipal de Almada e está incluída na exposição patente no Museu da Cidade, sobre as praias da zona, no dealbar de um turismo balnear que descobriria primeiro a Trafaria, depois a Cova do Vapor e depois a Costa da Caparica. "Ir a Banhos" é o título genérico da exposição, que vale a pena visitar.

Da visita, e perante a desgraça que é hoje a linha de água que vai do Mar da Palha à desembocadura da Cova do Vapor (transformada num gingantesco bairro da lata), fica-nos a nostalgia desses tempos, em que o espaço público não estava tão maltratado.

Da Câmara:

A praia da Trafaria foi uma importante colónia balnear no início do século XX.

O Museu da Cidade inaugura no próximo dia 16 de maio a exposição “Ir a Banhos”. Uma mostra que abre as portas às 16 horas e retrata as memórias das vivências associadas à praia no concelho de Almada.

Através de fotografias, recortes de imprensa, vestuário, adereços de praia, publicidade, bilhética e alguns testemunhos, o visitante fica a conhecer como era o uso balnear nas pequenas praias ribeirinhas da Mutela, Margueira e Alfeite durante o século XIX.

Uma exposição que relembra a primeira colónia balnear da Trafaria durante as duas primeiras décadas do século passado, a Cova do Vapor nas décadas de 40 e 50 e ainda a descoberta dos quilómetros de areal da Costa da Caparica como zona de banhos, tendo sido considerada uma das mais importantes praias portuguesas a partir de 1925.

Patente ao público até 31 de outubro, a exposição “Ir a Banhos” proporciona também visitas guiadas para grupos escolares e público em geral, e ateliês para grupos organizados a partir do 1.º ciclo. O Museu da Cidade fica na Cova da Piedade e a exposição é organizada pela Câmara Municipal de Almada.

Repare-se no pormenor do relógio usado pela senhora na lapela do corpete. As enfermeiras também tinham este tipo de relógio, normalmente com as 12 horas do lado oposto da coroa e da argola de pendurar - para poderem ser mais facilmente consultados por quem os usava.

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