Relógios & Canetas online de Maio - Editorial

Já está disponível, aqui e aqui a edição de Maio do Relógios & Canetas online.

Editorial:

Maio, maduro Maio

Fernando Correia de Oliveira

Houve tempos em que as regras de etiqueta não permitiam a uma senhora de vestido comprido usar relógio. Os joalheiros encontraram a solução para o “problema”, escondendo o marcador de tempo numa jóia. Nascia assim, no final do século XIX, o relógio de pulso. Objecto que os homens encararam durante décadas como “efeminado”, preferindo o de bolso.

Durante um século, o relógio feminino ficou mais ou menos acantonado no segmento do relógio-jóia ou, nas últimas décadas, estendendo-se ao relógio de moda, mas sempre de quartzo.

Foi preciso chegar ao século XXI para esse paradigma da masculinidade – o cronógrafo – ser conquistado pelas mulheres, e na versão pura mecânica. Há, cada vez mais, mulheres que apreciam tanto o exterior como o que está no interior de um relógio. Há já muitas que discutem o “motor” e não apenas a cor… Nos delgados pulsos femininos, foram-se vendo cada vez mais enormes cronógrafos masculinos, numa conquista do mundo da técnica, até então bastião deles.

Mas a moda… a moda… exige mudar de relógio todos os dias. E isso não é prático, quando os relógios são mecânicos e têm que se acertar todas as vezes que os tiramos da gaveta, pondo em perigo o verniz que estala, a unha que parte… Apesar de tudo, o quartzo continua a ser “girl’s best friend”.

O Relógios & Canetas de Maio (que outro mês poderia ser?) está mais feminino do que nunca.