Tempo de eclipse... parcial
Fernando Correia de Oliveira
A 43ª edição da Baselworld decorreu de 19 a 26 de Março, em Basileia, com menos 3 por cento de compradores que na edição de 2014 mas o mesmo número de visitantes, compensado pelo aumento da presença dos media no maior evento do mundo em termos de Relojoaria e Joalharia.
Foram oito dias de actividade intensa para os 150 mil visitantes – entre eles, 4.300 jornalistas (mais 7,5 por cento que no ano passado).
O tema omnipresente da Baselworld 2015 foi o smartwatch, ou relógio conectado. Isto apesar de apenas uma escassa dezena de marcas, entre as centenas presentes, ter apresentado soluções nesse capítulo.
“Um relógio é feito para durar mais do que uma vida, e representa muito mais do que a marcação de horas, minutos e segundos”, dizem os expositores suíços no comunicado final sobre o evento.
Com um franco forte, um rublo fraco, o preço do petróleo a cair e a economia chinesa a arrefecer; com as incertezas políticas e os conflitos em várias zonas do globo; com o Apple Watch no horizonte… há quem fale abertamente de “tempestade perfeita” para a indústria relojoeira tradicional.
A horas do início da Baselworld 2015, falecia inesperadamente Jacques Duchêne, que durante 20 anos foi Presidente do Comité de Expositores da feira e um dos responsáveis pela importância que o evento tomou a nível mundial. Uma era terá desaparecido com ele.
Baselworld foi ainda marcada por um eclipse parcial do sol, ocorrido na sexta-feira, 20 de Março.
Superstições à parte, sentia-se que o ambiente geral na feira era de cautela e alguma apreensão.
A 17 de Março de 2016, na Baselworld nº 44, se saberá mais claramente se o sol voltou a brilhar para o sector, se o eclipse é parcial ou… total.
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