quinta-feira, 26 de março de 2015

Meditações - A serena, amorosa Primavera

O ledo passarinho que gorjeia
Da alma exprimindo a cândida ternura,
O rio transparente, que murmura,
E por entre pedrinhas serpenteia:
O sol, que o céu diáfano passeia,
A lua, que lhe deve a formosura,
O sorriso da aurora alegre e pura.
A rosa, que entre os zéfiros ondeia;
A serena, amorosa Primavera,
O doce autor das glórias que consigo,
A deusa das paixões, e de Citera:
Quanto digo, meu bem, quanto não digo,
Tudo em tua presença degenera,
Nada se pode comparar contigo.

Manuel Maria Barbosa du Bocage

2 comentários:


  1. Comparada contigo, a primavera,
    amada minha, deixa a desejar,
    pois nada neste mundo te supera
    nem creio possa um dia ter lugar!

    JCN

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  2. Comparada contigo, a primavera,
    amada minha, deixa a desejar,
    pois nada neste mundo te supera
    nem creio possa um dia ter lugar!

    JCN

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