sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Em Genebra, com os relógios Frédérique Constant e o revolucionário Horological Smartwatch


Estivemos por estes dias em Genebra, onde assistimos à apresentação mundial do Horological Smartwatch da Frédérique Constant, um relógio com aspecto clássico mas com capacidade de ligação a smartphones ou à nuvem.

Muito se tem falado nos últimos meses de smartwatches, especialmente depois de a Apple ter anunciado que iria entrar nesse mercado. Obviamente, a indústria relojoeira suíça não ficou parada à espera e mexeu-se. O Swatch Group anunciou para breve um smartwatch, o LVMH deverá avançar com um outro smartwatch numa das suas marcas, provavelmente a TAG Heuer.

Mas a primeira manufactura suíça a apresentar um smartwatch foi a Frédérique Constant. Desde logo, as grande diferença é estética - estamos perante um relógio clássico, de caixa redonda e indicações de leitura analógica. Só que, por dentro, esconde-se um calibre de quartzo de nova geração, que permite através de bluetooth a ligação a dispositivos, incluindo os smartphones Apple e os que usam o sistema Android.

Uma das vantagens do Horological Smartwatch (/o nome é da tecnologia, não há ainda nome específico para os modelos Frédérique Constant) é da ser alimentado por uma bateria, como um relógio de quartzo normal, não precisando de ser recarregado (a duração da pilha é de mais de dois anos).

O Horological Smartwatch pode funcionar sem estar ligado ao exterior e acumula até 30 dias de dados. Quando se volta a conectar com um smartwatch ou com a nuvem, descarrega os dados acumulados ao longo desse tempo.

E que dados são esses? Essencialmente os que dizem respeito à actividade ou não actividade do utilizador., Tal como milhões de dispositivos já no mercado, o Horological Smartwatch consegue, através de sensores inseridos no calibre, medir os passos dados ao longo de um dia ou as várias fases de sono - profundo ou superficial.

Esses dados podem ser visíveis, através de gráficos, no telemóvel. Mas também, de forma simples e analógica, no submostrador às seis horas. Aí, o utilizador saberá a quantos por cento está de cumprir os objectivos a que se propôs para um dia activo, a quantos por cento está dos parâmetros para si criados quanto a horas de sono.

O Horological Smartwatch é uma resposta inteligente à questão dos relógios de nova geração - não tem ecrã táctil e o aspecto de um gadget, guardando antes a forma clássica de um medidor de tempo de leitura analógica. Mas, ao mesmo tempo, permite, dentro dessa capa de classicismo, esconder o muito de high-tech que as conecções e os softwares de bem-estar significam. O melhor de dois mundos? Só o futuro o dirá, mas que a solução é imaginativa, inesperada e original, lá isso é.

O Horological Smartwatch da Frédérique Constant, com caixa de 42 mm, plaqueado a ouro rosa, deverá ter um PVP inferior a mil euros e estará disponível a partir de Abril.


O Horological Smartwatch foi apresentado pelos fundadores e proprietários da Frédérique Constant, o casal holandês Peter Stas e Aletta Bax.


Aletta recordou que a Frédérique Constant é uma manufactura suíça, que desde há dez anos tem os seus próprios calibres mecânicos, a linha Heart Beat.






Em 2014, a Suíça exportou 21 milhões de relógios de quartzo. No futuro próximo, prevê-se que um terço deles sejam smartwatches, com calibres capazes de comunicar e transmitir dados de e para o exterior.


A Frédérique Constant foi até Silicon Valley, na Califórnia, à procura da tecnologia de medição biomecânica. E encontrou-a na Fullpower, empresa líder que fornece milhões de dispositivos, nomeadamente para a Nike.


A Frédérique Constant e a Fullpower criaram uma empresa em conjunto, a MMT, com sede em Genebra, e que fornece os calibres MotionX, de quartzo e com comunicação. A plataforma tecnológica está aberta a outras marcas que, mediante um fee, a poderão usar. O Horological Smartwatch é Swiss Made e responde já às novas exigências que vigorarão a partir de 1 de Janeiro de 2017.



Peter Stas explicou que, com a experiência de mais de 100 milhões de utilizadores, a Fullpower consegue gerar logarítmos muito precisos, que por sua vez criam um software adaptável a cada pessoa. Basta introduzir dados como a idade, peso e sexo para se conseguir um programa diário de passos mínimos a dar, para que se mantenha em forma.

Por outro lado, na hora de dormir, poderá agora, com o Horological Smartwatch no pulso ou debaixo do travesseiro, ter acesso a dados que são transmitidos para o smartwatch e visualizados em gráficos muito intuitivos. Eles indicam quantas horas de sono profundo houve numa determinada noite, quantas de sono mais leve. O programa recomenda um determinado limite mínimo de horas de sono, mas a própria pessoa pode programar os seus objectivos, tanto no período activo como no de descanso. No mostrador do relógio, às seis horas, mediante ponteiros, poderá ter, em tempo real, a percentagem do objectivo diário traçado.

O Horological Smartwatch tem um alarme especial, amigo dos ciclos biológicos. Ele pode ser activado para um despertar, não à hora exacta, mas antes, por xemplo, num período variável de 20 minutos. O relógio escolherá, nesse período, a altura mais propícia para o despertar, activando-se de preferência em período de sono leve.



O descarregamento de dados, em ambos os sentidos, permite visualizações mensais ou anuais do comportamento activo ou de descanço do utilizador.




Outra vantagem do Horological Smartwatch é que, com a estética clássica utilizada, foge à vida breve de um gadget electrónico, As actualizações de software poderão ser sempre feitas, sem necessidade de mudança do hardware.




O Horological Smartwatch da Frédérique Constant está sempre certo - quando há uma mudança de fuso horário, ele sincroniza automaticamente com o smartphone, que por sua vez sincronizou com o tempo local.



As mulheres procupam-se muito mais do que os homens com a análise dos seus cíclos de actividade e repouso. O grupo Frédérique Constant, que detém ainda as marcas Ateliers deMonaco e Alpina, lança nesta última modelos da geração Horological Smartwatch, usando na comunicação a imagem de duas das suas embaixadoras - a esquiadora Tina Maze e a montanhista Melissa Arnot.


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