sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Meditações - aguardando o sol da manhã

Apesar dos achaques inerentes
aos anos de uma vida prolongada,
ainda hoje passo dias, entrementes,
sem, desde logo, me queixar de nada!

Ainda aguardo o sol cada manhã
e vejo à noite o brilho das estrelas
com mente lúcida, inspirada e sã,
isenta de vesânicas… mazelas.

Componho noite adentro os meus poemas,
horas a fio, trabalhando o verso
como se acaso lapidasse gemas.

A velhice assumindo de bom-grado,
com meus extintos ídolos converso,
feliz de um grande amor ter encontrado!

João de Castro Nunes

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