Há dez anos, andávamos pela Saxónia. Mais propriamente por Dresden, Meissen e Glashütte, onde visitávamos, pela primeira vez, a manufactura Glashütte Original, uma marca do Swatch Group adquirida depois da queda do Muro de Berlim.
Glashütte é o mais importante centro de relojoaria fina da Alemanha, estando lá instaladas várias outras marcas. No rescaldo da II Guerra Mundial, a zona da Saxónia ficou a pertencer à República Democrática Alemã e essas empresas, tal como outras foram nacionalizadas e agrupadas num único complexo relojoeiro.
A partir de 1999, deu-se o fenómeno de reprivatização e de regresso das marcas a companhias diferenciadas. (fotos arquivo Fernando Correia de Oliveira)
A visita, organizada pelo representante de então da Glashütte Original em Portugal, a Torres Distribuição, incluiu um almoço na vizinha Meissen, no Vincenz Richter, um dos mais antigos restaurantes do mundo, fundado em 1523.
Na foto, entre outros; Hubert de Haro (Torres Distribuição / Espiral do Tempo); Jorge Dinis (Relógios & Jóias, título já desaparecido); Miguel Seabra (Torres Distribuição / Espiral do Tempo); Cláudia Baptista (Internacional Horas & Relógios, título já desaparecido).
Hoje, a Glashütte Original é representada em Portugal pela Tempus Internacional.
Pedro Torres (Torres Distribuição), falecido em 2008
Imagens da manufactura Glashütte Original
Em cima, máquina de gravar à mão. Em baixo, cronómetros de marinha
A viagem incluiu uma visita à fábrica de porcelana de Meissen, hoje em dia todo um universo que vai muito para além da actividade original, iniciada em 1710
como explicado no texto, as empresas relojoeiras existentes na região foram agrupadas num complexo industrial único aquando da tomada do poder dos comunistas e divisão da Alemanha em RDA e RFA. Com a queda do Muro de Berlim e o desaparecimento da RDA, essas empresas foram sendo reprivatizadas e entregues aos seus antigos ou a novos donos. A A. Lange & Söhne é hoje do Richemont Group e a Glashütte Original pertence ao Swatch Group.
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