terça-feira, 30 de setembro de 2014

Relógios Spero Lucem


Um das centenas de relógios já abordados pelo Relógios & Canetas online. Para aceder aos números antigos vá aqui ou aqui.

Relógios TAG Heuer despedem, procura global diminui


Boutique TAG Huer em Paris

A TAG Heuer, marca pertencente ao maior grupo de,luxo do mundo, a LVMH, está a procdeder ao despedimento nos quadros de gestão e produção, depois de uma quebra global na procura de relógios de luxo, anuncia hoje a imprensa helvética.

O despedimento, para já, foi de um grupo de 46 trabalhadores, com outros 49 em regime de lay-off até ao final do ano, sendo afectados os centros de produção da TAG Heuer em La Chaux-de-Fonds e Chevenez, Suíça.

Citado pela BBC, Jean-Claude Biver, responsável pelo departamento de reógios no seio do LVMH, disse que a indústria relojoeira suíça cresceu em vendas 2.7% entre Janeiro e final de Agosto, uma quebra face aos 4% a 6% de crescimento que ele tinha previsto para todo o ano de 2014.

Biver disse que a TAG Heuer tenciona agora focar-se no seu core business, o dos relógios entre os mil e os 4 mil euros.

Os cortes na TAG Heuer, recorda a BBC, surgem depois da Cartier, que pertence ao grupo rival Richemont, ter anunciado a redução das horas de trabalho de 230 operários numa das suas manufacturas na Suíça, devido ao abrandamento da procura.

As novas regras anti-corrupção na China, proibindo as prendas, estarão na base desta desaceleração global na procura de relógios de luxo. Leia também aqui.

Chegado ao mercado - relógio A. Lange & Söhne Richard Lange Tourbillon "Pour le Mérite"Edição Especial Boutique


A. Lange & Söhne Richard Lange Tourbillon "Pous le Mérite"Edição Especial Boutique, com caixa de ouro branco. Disponível na rede de boutiques da manufactura alemã, nomeadamente na de Lisboa (a única na Península Ibérica).


Calibre da manufactura (Lange L072.1), de carga manual, com sistema de transmissão de corda por corrente e fuso. Decorado e montado à mão. Platina de três quartos, de alpaca. Espiral da manufactura. Horas, minutos e segundos descentrados (tipo regulador). Ponteiro dos segundos assente no turbilhão de um minuto. Paragem do turbilhão para acerto ao segundo (sistema patenteado). Caica de 41,9 mm, vidro de safira na frente e no verso. Mostrador de prata maciça. Ponteiros de aço, azulados.


Chegado ao mercado - relógio Aviator Professional Automatic


Aviator Professional Automatic, edição limitada de 399 exemplares. Cronógrafo automático com data e dia da semana ()base ETA Valjoux 7750).

Desenhado e testado com a ajuda dos elementos da esquadrilha acrobática russa “Swifts”, a única no mundo que opera caças MIG-29. Desenho clássico do mostrador, que o torna numa extensão natural do painel de instrumentos das aeronaves. Os poussoirs sobredimensionados da função cronógrafo foram concebidos de forma a poderem ser usados pelos pilotos mesmo quando usam as suas grossas luvas. Além disso, o contraste vermelho/preto ou metálico/preto dos poussoirs ajuda os pilotos a poderem rapidamente distingui-los, mesmo nas condições mais extremas.

Cada Aviator Professional Automatic inclui duas braceletes, uma de aço e outra de pele. Caixa de 42 mm, de aço revestido a PVD negro.

Pproduzido nas instalações da Aviator no cantão de Jura – berço da indústria relojoeira suíça – o Professional Automatic inclui vidro de safira com tratamento antirreflexo e resistência à água de 10 atmosferas (100 metros). Além do mostrador de elevada legibilidade, este modelo tem ainda tratamento luminescente (com Superluminova) dos índices e ponteiros para visibilidade no escuro.

 A SRI – Sociedade de Relojoaria Independente, representante da Aviator em Portugal, está a comercializar duas variantes deste relógio: P.4.06.5.017.4 com acentos vermelhos no mostrador e no poussoir de avanço/paragem do cronógrafo (edição limitada de 300 unidades); e P.0.06.5.043.4, com acentos em verde e coroa e poussoirs em aço escovado não revestido (edição limitada de 99 unidades). Por cada Professional Automatic vendido, a Aviator está a oferecer um conjunto vintage de óculos e capacete de aviador em pele. Qualquer uma das variantes tem um preço sugerido de €1.893.











Relógios Speake-Marin, Zeitwinkel e Voutilainen


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Chegado ao mercado - relógio Calvin Klein amaze


Calvin Klein amaze. Calibre de quartzo, caixa e bracelete de aço polido, com mostrador preto ou prateado. Disponível nos tamanhos S, M e L. Estanque até 30 metros. PVP: 236 euros




Só tem mais hoje para se habilitar a um relógio mecânico Union Flieger Horas do Mundo


Escreva uma frase a dizer porque merece este Union Flieger Horas do Mundo mecânico e envie-a para anuariorelogioscanetas@gmail.com. Tão simples quanto isso. Só tem mais hoje para participar neste passatempo.

A marca Union Flieger está presente no Relógios & Canetas online. Saiba mais aqui ou aqui.


Meditações - lua cheia

Pierrot bêbado

Nas ruas da feira,
Da feira deserta,
Só a lua cheia
Branqueia e clareia
As ruas da feira
Na noite entreaberta.

Só a lua alva
Branqueia e clareia
A paisagem calva
De abandono e alva
Alegria alheia.

Bêbeda branqueia
Como pela areia
Nas ruas da feira,
Da feira deserta,
Na noite já cheia
De sombra entreaberta.

A lua branqueia
Nas ruas da feira
Deserta e incerta...

Fernando Pessoa

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Relógio Romain Jerome


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Habilite-se a um relógio Union Flieger Horas do Mundo mecânico


Participe neste passatempo e habilite-se a um Union Flieger Horas do Mundo mecânico. Já só tem 2 dias.

Relógios Quinting e Rebellion


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Shape your Time, novo clip dos relógios Cartier


Shape your Time é o título do novo filme produzido pela Cartier, desta vez especialmente dedicado aos homens. O enredo mostra um filho maravilhado com a história que o pai lhe conta, sobre a tradição relojoeira da marca e da transmissão dos tesouros relojoeiros de geração em geração.

O filme é realizado por Bruno Aveillan, o francês que já tinha feito em 2012 L’Odyssée de Cartier, visto por mais de 160 milhões de pessoas em todo o mundo.

O clip Shape your Time tem 90 segundos e faz uma viagem através do tempo Cartier, desde as primeiras invenções - hoje clássicos da relojoaria - até aos mais recentes concept watches. Veja o filme aqui.















Meditações - viver o presente

Há que viver o presente,
pondo de parte o passado:
o que lá vai não se sente,
uma vez posto de lado!

João de Castro Nunes

Relógio Manufacture Royale


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Relógios Linde Werdelin e Milus


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Há 70 anos - Domingo à tarde por Lisboa, no Outono


Poema de Merícia de Lemos, ilustrações de Bernardo Marques, in Panorama, Dezembro de 1944 (arquivo Fernando Correia de Oliveira)

Há dez anos... entrevista com Angelo Bonati, CEO Panerai, de visita a Lisboa


Como já aqui fizemos referência, o então e actual CEO da Officine Panerai visitou Portugal em 2004, por ocasião dos Prémios Laureus, que se realizaram em Lisboa. Na altura, falámos com Angelo Bonati e publicámos essa conversa na revista Internacional Horas & Relógios.

O texto:

Ângelo Bonatti, “skipper” da Officine Panerai esteve em Portugal

“A nossa força é a exclusividade”

Fernando Correia de Oliveira

Recentemente, no lançamento de um novo relógio de mergulho da IWC, o patrão do Grupo Richemont, Johann Ruppert, disse perante duas centenas de jornalistas especializados, em Basileia: “sigam o exemplo da Panerai e serão um sucesso tão grande como eles daqui a um ou dois anos”.

O sul-africano Ruppert, dono tanto como de uma como de outra marca, e de mais umas quantas de luxo, como a Cartier ou a Vacheron Constantin, escandalizou então um pouco os mais puristas, que consideram a IWC um clássico em termos de relojoaria e a Panerai, mais do que tudo, um fenómeno de marketing.

Mas o que Ruppert terá querido dizer é que, mesmo em tempos de crise para todos, há nichos de mercado que se portam muito bem e que a Officine Panerai é um bom exemplo a seguir, pois a sua produção não tem chegado, nos últimos anos, para as encomendas.

E, embora pareça um fenómeno recente, a empresa Officine Panerai foi fundada em 1860, como produtora de instrumentos de precisão nos campos da relojoaria e da óptica. A colaboração de longa data da Panerai com a Marinha Real Italiana e o seu sucesso em criar mecanismos de medição com qualidade – incluindo cronógrafos para os militares, calculadoras, temporizadores para torpedos e outro equipamento do género durante a I Guerra Mundial – tem-na mantido fiel à sua identidade empresarial, mesmo depois de ter sido comprada em 1997 pelo Grupo Richemont.

“Temos uma verdadeira história feita por heróis”, diz o homem responsável pelo renascimento da Panerai, o seu director Angelo Bonati, que esteve recentemente em Lisboa para assistir às cerimónias do Laureus, os Óscares do Desporto, uma iniciativa conjunta do Grupo Richemont e do grupo automóvel Daymler-Chrysler.

Angelo Bonati, ele próprio um desportista, velejador experiente, empresta com a sua fisionomia marcada e o seu estilo muito próprio, uma mais-valia de relações públicas a uma Panerai que continua a ser fortemente procurada – “há coleccionadores completamente loucos, dedicados inteiramente aos nossos relógios, que são capazes de loucuras para obter um determinado modelo”, diz.

Nascido perto de Milão, Bonati começou por trabalhar num atelier especializado no fabrico de jóias topo de gama. “Aprendi o negócio das jóias, desde a criação à produção. Sei bem o que a palavra ‘manufactura’ quer dizer”, afirma. Alguns anos mais tarde, trabalha de dia num grande armazém, à noite estuda Economia. Terminados os estudos universitários, um nome mítico na indústria relojoeira mundial, Franco Cologni, convida-o a trabalhar com a marca de isqueiros John Sterling, objectos revolucionários que, com apenas 5 mm de espessura, eram os mais finos do mundo. “Desde então, o meu destino profissional esteve sempre ligado a Franco Cologni”, explica Angelo Bonati. Nessa época, Cologni era já o líder na distribuição de isqueiros no mercado italiano e tinha a representação de muitas outras marcas, como Colibri, les Must de Cariter, Dunhill…

Bonati estava encarregado, na empresa de Cologni, de trabalhar os isqueiros, canetas e relógios Yves Saint Laurent, depois a marca Ferrari Formula, para acabar como director comercial da Cartier Itália. Em 1993 sai do grupo e lança-se numa carreira internacional, entrando na Richard Ginori, uma das mais antigas manufacturas de porcelana do mundo, fundada em 1735. Uma experiência depois completada quando se torna director comercial internacional da casa de moda Trussardi.

“Mas a minha paixão pela relojoaria continuou sempre e, quando Franco Cologni me pediu para trabalhar com ele sobre um novo projecto, disse-lhe logo que sim”. Estava-se em 1997 e o projecto era lançar no mercado internacional a marca Officine Panerai, velha casa adormecida, de gestão familiar, e que ia sobrevivendo apenas no mercado italiano antes de entrar para o Grupo Richemont.

Os relógios Panerai são máquinas extraordinárias, com uma história fantástica, já que equiparam durante cerca de 60 anos, em regime de exclusividade, os mergulhadores de combate da Marinha de Guerra italiana, nomeadamente no período da II Guerra Mundial.

Com uma estética muito própria e facilmente reconhecível, antecipando o gosto pelas caixas grandes, os modelos Panerai conquistam desde logo um público fiel, repartido pelos quatro cantos do mundo. A Panerai tem três ou quatro boutiques próprias e apenas 260 concessionários a nível mundial, três deles em Portugal. “A nossa selectividade é a nossa força”, defende o director da marca.

“É de longe a experiência mais apaixonante da minha vida”, diz Angelo Bonati, sentado numa esplanada da zona do Guincho, olhando nostalgicamente para um mar batido fortemente pelo vento. “Somos uma pequena equipa, onde todos trabalham e participam em todas as fases, desde a pesquisa à produção, passando pelo marketing e distribuição. Cada dia é um desafio, pois partimos praticamente do zero”.

O êxito Panerai tem sido também, em certa medida, seu inimigo, já que os modelos da marca, nas duas linhas existentes – Radiomir e Luminor – são dos mais imitados e falsificados. “Temos essa guerra pela frente, mas era quase inevitável, dado o êxito e a nossa pequena produção”, diz Bonati.

A Panerai continua a ter a sua sede em Milão, onde abriu recentemente um museu da marca, mas também inaugurou há meses uma nova fábrica, em Neuchatel, onde transforma movimentos de base em movimentos próprios Panerai. “A nossa filosofia continua a ser a mesma: associar o design italiano ao savoir-faire relojoeiros suíço”, diz-nos Angelo Bonati, que não esconde, porém, um outro objectivo a médio prazo – a manufactura dos seus próprios movimentos. “Esperamos ter novidades nesse sentido dentro de três ou quatro anos”.

“Estou na relojoaria há 20 anos. Não vejo outra profissão que me pudesse fazer mudar de sector, à parte talvez a de skipper”, atira Angelo Bonati à laia de conclusão. E deixa o olhar perde-se pelo Atlântico lusitano.