Estivemos por estes dias nos Campeonatos Europeus de Atletismo, em Zurique, a convite da Omega, que é o Cronometrista Oficial do evento, que termina amanhã, domingo, 17 de Agosto, e contou com a presença de cerca de 1.400 atletas de 50 países, entre os quais Portugal.
O Letzigrund Stadium, com capacidade para 25 mil espectadores, é palco destes campeonatos, que serão vistos em cobertura televivisa ao vivo por mais de 370 milhões de pessoas.
A parceria entre a Omega e os Campeonatos Europeus de Atletismo dura desde 2008 e foi recentemente alargada até 2016.
Desde 1932, aquando dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, que a Omega tem uma relação estreita com as mais diversas competições desportivas internacionais - nesse ano, o Comité Olímpico Internacional escolheu a marca como fornecedor oficial de instrumentos de medição de tempo para os Jogos. Até então, cada árbitro usava, em cada modalidade, o seu próprio relógio cronómetro, sendo os resultados achados através de uma média das medições - já que cada relógio e cada pessoa registam de forma diferente fracções de tempo iguais.
Nestes Campeonatos da Europa de Atletismo de Zurique, a Omega apresenta quatro novidades quanto a sistemas e aparelhos de medição de tempo: a camera de photo-finish Scan’O’Vision MYRIA, um novo sistema de detecção de falsas partidas e dois tipos melhorados de quadros de apresentação de resultados.
A camera MYRIA de photo-finish é uma combinação de detector de tempo e cronógrafo. Imagens de photo-finish são produzidas usando um aparelho de captação de imagens que regista até 10 mil imagens digitais por segundo. Nesta versão de 2014, melhorou-se a sensibilidade à luz e a rapidez de instalação.
A imagem de cada corredor é captada por este dispositivo no momento em que ele ou ela atravessam a linha de meta, aparecendo depois cada um deles na "fotografia" final. Nela, o espaço representado entre cada concorrente equivale ao tempo que os separa, e será o instrumento usado pelos juízes para determinar o vencedor.
Quanto aos quadros de três e dois lados situados ao longo da pista e na linha da meta, foram redesenhados e operam com um novo software, que lhes permite mostrar não apenas texto, imagem e informação em tempo real, mas também animações e vídeos. Os ecrãs foram melhorados, tendo agora uma resolução de 16 milhões de pontos de cor. Os nomes dos vencedores, os resultados e as bandeiras dos países respectivos aparecem de imediato.
Os blocos de partida estão equipados com sensores de pressão, que medem a força dos sapatos dos atletas 4 mil vezes por segundo. No caso de falsa partida, o sistema de detecção envia instantaneamente as medições de pressão para um computador que está na pista, permitindo a comunicação imediata com os juízes e dizer quem foi responsável. Os Campeonatos de Zurique estreiam este sistema. Técnicos da Omega explicaram-nos, in loco, o seu funcionamento.
O sino que assinala a última volta nas provas de média e longa distância.
Fomos também aos bastidores destes Campeonatos da Europa de Atletismo. Numa das salas, encontrámos Jorge Salcedo, que é juiz internacional e que acaba de ser nomeado pela Federação Internacional de Atletismo para o cargo de delegado técnico dos Jogos Olímpicos Rio2016, função que aliás já desempenhou em Atenas2004 e Pequim2008. Acasos da fortuna... não o víamos há mais de meio século, quando fomos colegas de Primária, na Escola Paroquial da Freguesia dos Mártires, hoje Externato Nossa Senhora da Conceição, ao Chiado, em Lisboa...
Em baixo, as bandeiras dos países participantes, numa zona de armazém, prontas para serem hasteadas, em caso de vitória.
Instalámo-nos depois na box Omega no Estádio, onde, ao mesmo tempo que assistíamos às provas do dia de abertura, também jantávamos.
A abertura oficial dos Campeonatos
A principal prova do dia era a final dos 10.000 metros femininos
Enquanto isso... o português Marco "eu de manhã... é mais caminha" Fortes ficava em sétimo na final do lançamento do peso
As portuguesas Dulce Félix e Sara Moreira foram-se aguentando nas primeiras voltas, mas acabaram fora do pódio
O primeiro dia dos Campenatos da Europa de Atletismo de Zurique terminou com uma festa, onde um funâmbulo suíço atravessou o estádio em cima de um arame
O estádio de Letzigrund viu, ao longo das últimas décadas, 25 recordes do mundo de atletismo serem batidos, incluindo provas de velocidade. Ele tem agora uma pista de tipo novo. Os Campeonatos da Europa terminam amanhã, mas 11 dias depois ocorre no mesmo local a Diamong League, com a presença do jamaicanbo Usain Bolt, o homem mais rápido do mundo. A nova pista, com um investimento de 800 mil francos, usa um material especial que, segundo os entendidos, ajudará Bolt a bater o seu próprio recorde nos 100 metros (9s58) e nos 200 metros (19s19).
A evolução do photo-finish nas últimas décadas permitiu saber sempre quem ganhou...
Sem photo-finish, eram necessários um juiz por cada participante, com os tempos registados à mão...
As primeiras utilizações de foto-finish pela Omega, em 1945 e, depois, nos anos 1960
A ida a Zurique permitiu ainda um "desvio" até Biel (Bienne), sede histórica da Omega. Visitámos o museu renovado da marca e ali pudemos ver algum do material usado nas competições desportivas para medição de tempos, nomeadamente em Jogos Olímpicos.
Num mundo onde a medição de tempos intermédios é crucial, deixamos por fim a imagem do relógio Omega Speedmaster Moonwatch Co-Axial Chronograph. Lançado há mais de meio século, este é um dos modelos mais perenes e significativos da história da relojoaria.
A versão mais recente tem caixa de 44,25 mm, de aço, com mostrador negro. Tem horas, minutos e ponteiros dos segundos do cronógrafo ao centro, além de dois submostradores - um de acumulador de 12 horas e de 60 minutos e outro com o ponteiro dos segundos. Vidro de safira na frente e no verso.
Cronógrafo automático de roda de colunas e embraiagem vertical, tem espiral de silício e dois tambores de corda, para 60 horas de autonomia, Vem equipado com o calibre 9300, co-axial, o primeiro da manufactura a incorporar um módulo de cronógrafo. É cronómetro certificado COSC:
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