Há quem diga que um bom relógio funciona como uma orquestra afinada e que uma orquestra, para estar afinada, precisa de funcionar como um relógio... suíço. Vem isto a propósito do concerto que a Sinfónica Juvenil Teresa Carreño de Venezuela, conduzida pelo maestro Christian Vásquez, deu esta noite na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
O programa deste sábado incluiu peças de Hector Berlioz (Carnaval Romano), Igor Stravinsky (Suite de O Pássaro de Fogo) e de Nikolai Rimsky-Korsakov (Scheherazade). Amanhã, domingo, serão interpretadas obras de Richard Strauss (Don JUan), Manuel de Falla (El sombrero de tres picos, Suite nº 2), e Piotr Ilitch Tchaikovsky (Sinfonia nº 6, em Si menor, Patética).
A Orquestra Sinfónica Juvenil de Venezuela foi criada no âmbito da Fundação Musical Simón Bolívar (Fundamusical Bolívar) - ou, como é geralmente conhecida, el Sistema. Actualmente, cerca de meio milhão de jovens beneficiam do Sistema, que inclui mais de 1.550 agrupamentos musicais distribuídos por 286 centros de ensino. Segundo as normas do projecto, 75 por cento das crianças envolvidas vivem abaixo do limiar da pobreza.
O objectivo do Sistema é abranger um milhão de crianças e jovens até 2019, promovendo a sua inserção social plena.
A Fundação Hilti e a família Hilti apoiam O Projecto e a Hilti Portugal foi parceira da vinda ao país da Orquestra Sinfónica Juvenil de Venezuela.
Depois do programa estabelecido de música clássica, e de dois "encores", as luzes apagaram-se e a orquestra apareceu transfigurada, com blusões com as cores da Venezuela.
Os "encores" que se seguiram já foram medleys de música latino-americana, a lembrar Xavier Cugat... e os músicos a saltarem e rodopiarem em coreografias "calientes", com a bandeira de Portugal a ser agitada.
Uma noite brilhante - entre os clássicos e a rumba!
No final, para os convidados da Hilti, um cocktail, ainda no espaço Gulbenkian.
Com o Comandante Luís Couto Soares (Academia de Marinha e grande coleccionador e especialista de relojoaria pendular, sobretudo inglesa)
Era assim que a sociedade
ResponderEliminarfuncionar deveria
dando à musicalidade
a devida primazia!
JCN