Quando os olhos emprego no passado,
De quanto passei me acho arrependido;
Vejo que tudo foi tempo perdido;
Que todo emprego foi mal empregado.
Sempre no mais damnoso mais cuidado
Tudo o que mais cumpria mal cumprido;
De desenganos menos advertido
Fui, quando de esperanças mais frustrado.
Os castellos que erguia o pensamento,
No ponto que mais altos os erguia,
Por esse chão os via em um momento.
Que erradas contas faz a fantasia!
Pois tudo pára em morte, tudo em vento.
Triste o que espera ! Triste o que confia!
Luís de Camões
Se de Camões eu tivesse
ResponderEliminaruma parcela de génio,
talvez meu nome vivesse
para cima de um milénio!
JCN
Se de Camões eu tivesse
ResponderEliminaruma parcela de génio,
talvez meu nome vivesse
para cima de um milénio!
JCN
ResponderEliminarNada, Camões, é constante
na vida das criaturas:
tudo muda num instante
como tu próprio censuras!
JCN