Aqueles claros olhos que chorando
ficavam, quando deles me partia,
agora que farão? Quem mo diria?
Se porventura estarão em mim cuidando?
Se terão na memória, como ou quando
deles me vim tão longe de alegria?
Ou se estarão aquele alegre dia,
que torne a vê-los, na alma figurando?
Se contarão as horas e os momentos?
Se acharão num momento muitos anos?
Se falarão co as aves e cos ventos?
Oh! bem-aventurados fingimentos
que, nesta ausência, tão doces enganos
sabeis fazer aos tristes pensamentos!
Luís de Camões
ResponderEliminarEm questão de fingimentos
pelo que toca ao amor
ninguém lhe é superior
nos seus vários pensamentos!
JCN
ResponderEliminarEm parte alguma do mundo
ninguém supera Camões:
o seu valor é tão fundo
que não tem comparações!
JCN