Nem por sombras
Do tempo o rosto tentei
muita vez fotografar,
mas decerto por azar
nunca a jeito o apanhei.
Fiz-lhe esperas no caminho
à luz dos astros do céu,
mas ele nunca me deu
ensejo algum de mansinho
me abeirar do seu reduto
e colhendo-o de surpresa
lhe ver a cara um minuto.
Acabei por desistir
por ter chegado à certeza
de inútil ser insistir!
João de Castro Nunes
ResponderEliminarContra a corrente remar
é perder tempo e feitio
seja no mar ou no rio
ou qualquer outro lugar!
JUCN