sábado, 19 de abril de 2014

Meditações - o rosto do tempo

Nem por sombras

Do tempo o rosto tentei
muita vez fotografar,
mas decerto por azar
nunca a jeito o apanhei.

Fiz-lhe esperas no caminho
à luz dos astros do céu,
mas ele nunca me deu
ensejo algum de mansinho 

me abeirar do seu reduto
e colhendo-o de surpresa
lhe ver a cara um minuto.

Acabei por desistir
por ter chegado à certeza
de inútil ser insistir!

João de Castro Nunes

1 comentário:


  1. Contra a corrente remar
    é perder tempo e feitio
    seja no mar ou no rio
    ou qualquer outro lugar!

    JUCN

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