terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Meditações - o vazio do meio-dia

País do meio-dia

Atravessado pelo zumbido de um único ruído de carros
e pela música infinda de uma estação de rádio
o vazio do meio-dia

A cidade uma configuração constituída
por rede de aço e estruturas de betão

Atrás das gruas brilha
a água da bacia portuária
indolente em todas as cores de óleo usado

As ruas varridas
pelo sol recozidas

O apressado asfalto da cidade
um caminho de fuga
para a paisagem pedregosa

Uma língua quente rasga o corpo em suor

As cores são pó
não pó
são pedras

Bruno Weinhals in Uma Conversa Passa Pelo Papel e outros poemas Tradução colectiva

2 comentários:


  1. Ao meio-dia em Portugal
    fecha tudo, minha gente,
    pois é a altura habitual
    para todo o pessoal
    ir a casa dar ao dente!

    JCN

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  2. Portugal ao meio-dia
    todo ele fica parado
    como se fosse atacado
    por uma paralisia!

    JCN

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