terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Meditações - Noite de Natal

A noite de Natal

Era noite de inverno longa, e fria,
Cobria-se de neve o verde prado;
O rio se detinha congelado,
Mudava a folha a cor, que ter soía

Quando nas palhas de huma estrebaria,
Entre dous animaes brutos lançado.
Sem ter outro lugar no povoado
O Minino Jesus pobre jazia.

— Meu filho, meu Amor, porque quereis
( Dizia sua Mãi ) nesta aspereza
Accrescentar-me as dores, que passais ?

Aqui nestes meus braços estareis;
Que se vos força amor soffrer crueza,
O meu não pôde agora soffrer mais.

Frei Agostinho da Cruz

1 comentário:


  1. Assim que Cristo nasceu
    fiz-lhe um presépio em meus braços
    onde foi deixando traços
    à medida que cresceu!

    JCN

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