Ao mesmo [À noite de Natal]
Que saudade d'alma, e que brandura,
Virgem Senhora minha, se vos deve
Em tempo que paris ó vento, á neve,
O Creador de toda a creatura !
No feno, que ficou na terra dura,
Pisado de animaes, lançado esteve
O Minino Jesus, ah ! que não teve
Casa, berço, lugar, nem cobertura !
Não sou Rei, nem Pastor, que me appareça
Estrella que me guie. Anjo que chame.
Por isso a Vós não vou, de mim não parto:
E não tenho cordeiros que ofereça,
Ouro, incenso, mirra, amor que inflamme,
Com que vos visitar, Virgem no parto!
Frei Agostinho da Cruz
ResponderEliminarQuando o Menino nasceu,
como não tinha outros bens,
só lhe dei meus parabéns
que a sorrir agradeceu!
JCN