Já nos tínhamos referido aqui e aqui ao "mistério português" - o país aumentou em Setembro em 188,9 por cento o valor das importações de relojoaria provenientes da Suíça, face a período homólogo de 2012. Este quase triplicar inesperado do valor terá tido uma explicação - peças que vieram para uma exposição de alta relojoaria, em Lisboa, e que foram registadas como exportação por parte das autoridades helvéticas. O mistério não está completamente esclarecido, mas vamos escalpelizar um pouco mais o comportamento do país nos primeiros 9 meses do ano.
Desde logo, e segundo os dados da Federação Relojoeira suíça, a que Estação Cronográfica teve acesso, de Janeiro a Setembro de 2013, o país importou menos 21,9 por cento em quantidade, comparado com o mesmo período de 2012.
Para um total de 200.802 relógios, houve uma importação de 185.722 de quartzo (menos 57.821), mas de 15.080 mecânicos (mais 1.585).
O preço médio dos relógios de quartzo subiu de 284 para 520 francos suíços (à saída da fábrica) e nos mecânicos subiu de 4.155 para 4.999 francos suíços. O preço médio total aumentou neste período 83,2 por cento, fixando-se nos 520 francos suíços.
Resumindo - em número de peças, houve uma diminuição da ordem dos 21,9 por cento. Em valor, houve um aumento de 43,1 por cento. Juntando a isso a importação (diminuta) de calibres, Portugal aumentou em 46,8 por cento o dinheiro que pagou por elas.
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