[...] E se é tão admirável a formosura das estrelas, não o é menos a sua eficácia no influxo, e produção de todas as coisas neste mundo inferior, e especialmente a do Sol; o qual assim como desviando-se de nós (que é pelo Outono) todas as frescuras, e florestas perdem juntamente com a folha a sua formosura até ficarem nuas, estéreis, e como mortas; assim também voltando, e avizinhando-se a nós, logo os campos se vestem de outra libré; as árvores se cobrem de folhas, e flores; as aves, que até então estavam mudas, começam a cantar, e a chilrear; as vides, e roseiras lançam logo seus gomos, e botões, aparelhando-se para ostentar a formosura, que dentro de si encerram. [...]
Frei Luís de Granada (1505-1588), in Introdução ao Símbolo da Fé, tradução portuguesa de 1780
ResponderEliminarConsoante a posição
do sol em face da terra
assim muda o que esta encerra
na devida proporção!
JCN