terça-feira, 19 de novembro de 2013

Meditações - abre-se a janela do tempo...

Amo-te do mesmo modo, que a borboleta ama a flor,
onde poisa, cautelosa e leve.
É por isso que os nossos voos são um constante versejar de pétalas,
que rimam com a tua boca de morango,
e o teu corpo de marfim.
Esculpo-te com os meus dedos, breves,
quando regressas,
saudosa,
feita mulher,
só para mim…
Depois, o momento para!
Abre-se a janela do tempo
E a borboleta, cansada,
Pousa uma última vez
Na pétala colorida de cetim.
Amo-te do mesmo modo,
precisamente do mesmo modo,
como me amas a mim…

Ana Fonseca da Luz

1 comentário:


  1. Cada manhã da existência
    do tempo eu abro a janela
    para numa espreitadela
    constatar a sua ausência!

    JCN

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