Comandante Estácio dos Reis lança livro de memórias À Procura da Arca Perdida

A habitual sessão das terças-feiras na Academia de Marinha abriu hoje com a apresentação do livro À Procura da Arca Perdida, do académico Comandante Estácio dos Reis.

Trata-se de um livro de memórias deste especialista em história da marinharia e dos instrumentos náuticos. Desde o nascimento de António Luciano Estácio dos Reis, a 27 de Setembro de 1923, no bairro da Estrela, em Lisboa, até aos dias de hoje, são recordados oitenta anos de vida e de investigação, recentemente homenageados no Museu de Marinha e na Universidade de Coimbra.

São 500 páginas, ao longo das quais Estácio dos Reis relata episódios da sua formação escolar, a sua entrada para a Escola Naval, a passagem pelo canal do Suez, por Macau, por Moçambique, em comissões de serviço. Mas também por Bruxelas, onde foi Adido junto da NATO, ou por Paris, onde foi Adido Naval.

Recorda o seu trabalho no Museu de Marinha (onde despertou o interesse pela recuperação de astrolábios do tempo da Expansão) ou na iniciatica de replicar o nónio de Pedro Nunes. Fala da sua investigação sobre a introdução da máquina a vapor em Portugal (de que publicou um livro) ou do trabalho no seio da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses). Ou ainda a sua investigação sobre o Observatório de Marinha.

Estação Cronográfica, que tem contado com a colaboração sempre atenta e desinteressada do Comandante Estácio dos Reis no que toca a investigações e trabalhos que temos publicado sobre a problemática do Tempo e da Navegação (veja-se, por exemplo, aqui), saúda mais uma vez a vitalidade intelectual de um amigo que continua a produzir, a produzir... e até acaba de lançar um blog - com a sua habitual verve, baptizou-o de estacionastintas...

Aviso à navegação: a primeira edição de À Procura da Arca Perdida tem apenas 250 exemplares.

Comandante Estácio dos Reis; Almirante Vieira Matias, Presidente da Academia de Marinha; o académico João Abel da Fonseca, que fez a apresentação do livro.

Contra-capa do livro, onde se vêem dois retratos miniatura, do autor, feito pela sua sua mulher, Maris Ester Landeiro; e desta, feito por Álvaro Mendes Alves