quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Meditações - ponteiros que se arrastam

Tem o relógio horas tão vazias que, breves mesmo, como de todas é costume dizermos, excepto aquelas a que estão destinados os episódios de significação extensa, (…), são tão vazias, essas, que os ponteiros parece que infinitamente se arrastam, não passa a manhã, não se vai embora a tarde, a noite não acaba.

José Saramago in O Ano da Morte de Ricardo Reis

3 comentários:


  1. Horas há na nossa vida
    tão compridas que parece
    que o tempo de nós se esquece
    e nos faz essa partida!

    JCN

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  2. O tempo passa tão breve
    na nossa vida amorosa
    que dura menos que a neve
    ou que pétala de rosa!

    JCN

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  3. O tempo dura o que dura,
    sem de nós querer saber:
    somos para ele qualquer
    desprezível criatura!

    JCN

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