quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Chegado ao mercado - relógio Seiko Kinetic Calendário Perpétuo


A Seiko foi a primeira marca no mundo a apresentar para venda ao público um relógio de quartzo. Estava-se em 1969 e já tivemos o privilégio de conhecer um dos pais do projecto, o engenheiro Tsuneya Nakamura.

Mas a Seiko não adormeceu sob os louros e os seus técnicos começaram a trabalhar desde logo no passo seguinte. O desafio era o de criar um relógio de quartzo capaz de gerar a sua própria energia, eliminando assim a necessidade de mudar de pilha. A chave para o sucesso estava em maximizar a energia gerada, e minimizar o seu consumo. 19 anos e 50 patentes mais tarde, a Seiko conseguiu criar o mecanismo Kinetic. Com o Seiko Kinetic, o utilizador gera a energia necessária ao funcionamento do relógio.

Para aumentar a reserva de energia do Seiko Kinetic para lá dos poucos meses dos primeiros calibres dessa geração, a Seiko sonhou com um sistema que fizesse o relógio “adormecer” quando não estivesse a ser usado, parando os ponteiros mas guardando memória da hora. Quando utilizado novamente, o relógio “acordaria” e os ponteiros começariam de imediato a movimentar-se para marcarem a hora certa, até 4 anos mais tarde. Em 1999, nasce o Kinetic Auto Relay.

O Kinetic Calendário Perpétuo, com PVP de 790 €, é o mais recente desenvolvimento da plataforma Kinetic Auto Relay. Para além da reserva de energia de 4 anos, fornece mudanças de data precisas e instantâneas todos os dias, incluindo em anos bissextos, até Fevereiro de 2100. Este relógio de última geração contém um micro-motor ultra-sónico, um desenvolvimento da Seiko Epson.

O mini gerador Kinetic contém um rotor, suspenso por levitação magnética, que gira até 100.000 rpm, 5 vezes mais rápido que o motor de um Fórmula 1.

O primeiro relógio de pulso Kinetic consumia apenas 0.9 microwatt de energia, o que é 3% do consumo do Quartz Astron de 1969. Actualmente, o Kinetic Direct Drive usa apenas 0.71 microwatt.

Com o Kinetic Direct Drive é possível visualizar em tempo real a energia que é transferida  para o relógio. Basta rodar a coroa e o indicador mostra a quantidade de energia que está a gerar no momento.


O engenheiro Tsuneya Nakamura, que chefiou a equipa da Seiko que produziu, em 1969, o primeiro relógio de pulso de quartzo (fotografia arquivo Fernando Correia de Oliveira)

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