segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Há 290 anos - os suíços continuam a debater a reforma do calendário gregoriano...


A 26 de Agosto de 1723, a Gazeta de Lisboa abordava a questão da reforma do calendário na Suíça. Voltava ao tema no número de 23 de Setembro seguinte.

A reforma do calendário juliano para o actual foi decretada em 1582 pelo papa Gregório XIII, através da bula Inter gravissimas, de 24 de Fevereiro desse ano. O calendário gregoriano eliminou 10 dias - de 4 de Outubro de 1582 passou-se, nos países que adoptaram de imediato o novo calendário, como Portugal, para o dia 14 de Outubro.

O novo calendário pretendia anular os desvios que o calendário juliano tinha acumulado ao longo dos séculos e que estava a colocar a Páscoa - festa móvel que determina todo o resto do calendário cristão - muito para lá do admissível.



Os cantões católicos suíços aderiram quase de imediato ao calendário gregoriano, mas a reforma só se completa nos cantões protestantes em 1812.

Dizia Johannes Kepler que "os protestantes preferem estar em desacordo com o sol que de acordo com o papa".

A reforma gregoriana é apresentada pela primeira vez à dieta geral dos cantões em 1583 e a amioria dos cantões católicos obedece ao papa, passando de 11 de Janeiro de 1584 (última data juliana), para 22 de Janeiro de 1584 (primeira data gregoriana).

A longa história da reforma gregoriana termina na Suíça em 1812, quando duas pequenas localidades da região dos Grisons, Schiers e Grüsch, são pressionadas e adoptam um calendário que já tinha quase 250 anos de existência.

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