Com argumento e realização de Carmen Chaplin, a curta-metragem A Time for Everything foi lançada no âmbito da celebração do 180º aniversário da Jaeger-LeCoultre, um momento que a manufactura suíça quis celebrar prestando homenagem à memória de Charlie Chaplin e do seu relógio de pulso – um Memovox.
Este projecto de arte ilustra a ideia de transmissão, de passagem do tempo e de herança com a apresentação de três gerações de mulheres da mesma família: Carmen Chaplin, Patricia Chaplin e Uma Chaplin Bhalla. A Time for Everything foi seleccionada para o 11º Annual New Directors Showcase Reel., mostra anual promovida no passado mês de Maio pela publicação especializada SHOOT.
Os belos encontros não acontecem apenas por acaso. A actriz e realizadora britânica Carmen Chaplin, neta de Charlie Chaplin, e a Jaeger-LeCoultre tinham uma história para partilhar e decidiram desenvolver em parceria um projecto artístico por ocasião da celebração dos 180 anos da manufactura suíça.
O avô de Carmen Chaplin, Charles Spencer Chaplin, tornou-se imortal ao enriquecer a história do cinema com uma personagem inesquecível - Charlot, um vagabundo com maneiras de gentleman. Estávamos em 1914. Enquanto actor, realizador, produtor, argumentista e compositor, Chaplin conheceu em vida apenas um verdadeiro adversário: «O tempo é o meu único inimigo», costumava dizer. Terá sido para o apoiar neste combate que o país da alta-relojoaria lhe ofereceu um relógio em 1953? Um Jaeger-LeCoultre Memovox...
Com efeito, quando Charlie Chaplin se instalou com a sua família na Suíça, o governo quis oferecer um presente de boas-vindas a este grande homem que marcou a história com o seu talento. Charles Spencer Chaplin recebeu então um relógio Jaeger-LeCoultre com fundo personalizado com a seguinte gravação: «Hommage du gouvernement vaudois à Charlie Chaplin – 6 octobre 1953».
Comprometida em parceria com grandes eventos cinematográficos – a Mostra de Veneza, o Festival Internacional de Xangai e o Festival de Cinema de Abu Dhabi – a manufactura resolveu celebrar a memória de Charlie Chaplin e do seu relógio, convidando Carmen Chaplin a pegar na sua câmara para realizar uma curta-metragem sobre a temática do tempo.
Esta ideia seduziu de imediato a jovem actriz e cineasta: « Adoro peças antigas e a ideia de que possuem uma passado e de que têm uma história para contar. O estilo retro dos relógios dos anos 20 fala-nos de uma época na qual se faziam relógios minúsculos que, antes de tudo, eram verdadeiras jóias. Fascina-me imaginar que atrás dos seus minúsculos mostradores, existe um mecanismo tão preciso como o batimento de um coração.»
«Gosto de imaginar que desde há mais de um século produzem incansavelmente o seu tic-tac regular. O relógio do meu avô comove-me particularmente, já que foi depois oferecido ao meu pai, Michael Chaplin, seu filho, pelos seus 14 anos. Depois, o meu pai ofereceu-o à minha mãe como prova do seu amor no dia do respectivo casamento. Um verdadeiro amuleto, já que eles se amam há mais de 45 anos.»
Por esta razão, Carmen decidiu levar a cabo esta curta-metragem ao lado da sua mãe e da sua filha Uma. Três gerações de mulheres de uma mesma família para ilustrar a transmissão, a passagem, do tempo e a herança.
« Dispus de uma grande liberdade artística para realizar este projecto de curta-metragem em homenagem ao tempo, ao tempo que passa e que leva inevitavelmente consigo algo de cada um de nós. Gosto da ideia de que deixamos uma parte de nós mesmos nos objectos que amamos. Que melhor presente poderá haver do que um relógio ou uma jóia que nos são queridos? Gostei verdadeiramente de visitar a manufactura no âmbito do restauro do relógio do meu avô. Fiquei fascinada pelo savoir-faire das equipas. Nesta altura, já tinha realizado alguns projectos em parceria com a Jaeger-LeCoultre: nos Óscares com a organização de um jantar de tributo ao meu avô em Los Angeles, no Festival de Cinema de Cannes e no Festival de Cinema de Veneza ou durante a rodagem do meu último filme no qual um relógio Jaeger-LeCoultre ‘participa’. Senti-me honrada por uma casa como a Jaeger-LeCoultre ter confiado em mim para realizar este filme no contexto do seu aniversário.»
Intitulado A Time For Everything, o filme de Carmen Chaplin foi apresentado pela primeira vez no Salon International de la Haute Horlogerie (SIHH), que decorreu em janeiro de 2013, integrou a lista de obras da New Directors Search (EUA) da SHOOT no primeiro trimestre de 2013 e foi depois seleccionada para o 11º Annual New Directors Showcase Reel., mostra anual promovida no passado mês de Maio pela mesma publicação especializada.
A Time For Everything
Argumento e Realização: Carmen Chaplin
Com: Carmen Chaplin, Patricia Chaplin e Uma Chaplin Bhalla
Produção: Kwanon Filmes e Mann & Miller
Veja a curta-metragem aqui.
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