terça-feira, 6 de novembro de 2012

Meditações - tempo, esfinge sem enigma

Há apenas duas maneiras de conviver com o tempo: tomá-lo como realidade ou como ficção. O que nós chamamos a literatura clássica tomava o tempo como ficção. A literatura especificamente moderna – a que nasce com o D. Quixote e toma plena consciência de si mesma com Madame Bovary – colhe a essência da realidade humana como temporalidade pura. É a ficção que deve enfrentar esta esfinge sem enigma.

Eduardo Lourenço, in O Canto do Signo

3 comentários:

  1. O tempo na antiguidade
    tinha pernas para andar
    como qualquer entidade
    de natureza vulgar!

    JCN

    ResponderEliminar
  2. Tinha braços, tina mãos
    e foices para ceifar
    a vida dos cidadãos
    sem sequer os aviar!

    JCN

    ResponderEliminar