A associação entre os relógios e os sinos dos tempos cristãos não surgiu por acaso, na medida em que o Cristianismo desenvolveu a ideia rectilínea do tempo como progresso, ainda que espiritual, com um ponto inicial (a Criação), um indicador (Cristo) e uma profética conclusão (o Apocalipse). O tempo está sempre a esgotar-se no sistema cristão e a batida do relógio pontua esse facto.
Mário Correia, citando R. Murray Schafer, in Toques de Sinos na Terra de Miranda (Âncora, 2012)
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