sábado, 29 de setembro de 2012

Eric Clapton, a Patek Philippe e um português pelo meio


Estação Cronográfica espera não estar a cometer nenhuma inconfidência ao contar esta história. Há uns dez anos, no aeroporto JFK, em Nova Iorque, o português Domingos Piedade, à altura Director da Mercedes AMG, cruza-se com o amigo Eric Clapton, no lounge Executivo, os dois entre voos intercontinentais.

Domingos Piedade, sabendo do gosto de Clapton por relógios, perguntou-lhe quais as últimas aquisições. "Agora, ando à procura de um Patek Philippe muito especial, tatati... tatata...".

Para alguma surpresa do músico, Domingos disse-lhe: "Talvez te possa ajudar. Espera aí um pouco". E, sem perder tempo, telefona para o dono da Patek Philippe. Conta-lhe que está ao lado do Deus da Guitarra e que este pretende um tal Patek... "Ele que me contacte", responderia do outro lado do Atlântico um Philippe Stern entre o divertido e o curioso.

Não podemos garantir que o relógio desta história seja aquele que Clapton vai levar a leilão a 12 de Novembro, na Christie's, em Genebra. O exemplar em causa é possivelmente o mais valioso da colecção do músico, que gosta muito de relógios e até editou um álbum chamado Timepieces...

O Patek Philippe (referência 2499/100P) Perpetual Calendar Chronograph foi lançado em 1951. A referência 2499 foi produzida durante quase 35 anos, durante os quais apenas 349 relógios foram feitos.

O que torna o relógio de Clapton ainda mais raro é o facto de apenas dois terem sido feitos com caixa em platina, possivelmente para nem sequer serem vendidos. Um deles está no Museu Patek Philippe, em Genebra. O outro, como se vê, esteve até agora na posse do músico.

Calcula-se que a peça possa atingir os 4 milhões de dólares.

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