segunda-feira, 2 de julho de 2012

Meditações - sol de Julho

Às horas cismadoras da tardinha,
sentei-me no jardim do Eclesiastes.
Crescia em fortes pâmpanos a vinha
as rosas debruçavam-se das hastes.

Tive prazer na dor do meu orgulho,
quando me vi no horto singular.
Lá dentro nunca entrou o sol de julho,
porque o arvoredo não o deixa entrar. [...]

António Sardinha, in Quando as Nascentes Despertam

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