Como todas as classes médias, a Primavera está a desaparecer. A bela estação de Março cinzento a Junho azul representava um termo médio no ano: nem calor, nem frio, nem riqueza, nem pobreza, nem os dias demasiado longos de Agosto, nem as horas demasiado breves de Dezembro. [...] Pouco a pouco, a Primavera adoeceu. Começou a perder as cores, a perder o brilho dos olhos, a graça do andar, a tossir, a enrouquecer [...] E agora é o que vêem: uma criatura pálida, embrulhada em aguaceiros, rabujenta, desigual, olheirenta, nervosa, uma triste sombra do que foi [...]
Lá por mudar de vestido,
ResponderEliminarnunca deixa a primavera,
por ser mais curto ou comprido,
de ser sempre a prima... vera!
JCN