sábado, 24 de dezembro de 2011

Meditações - Noite de Natal

A noite de Natal. Em meu País, agora.
O que não vai até romper o dia, a aurora!
As mesas de jantar na cidade e na aldeia,
à luz das velas, ou à luz de uma candeia,
Entre risadas de crianças e cristais
(De que me chegam até mim só ais, só ais!).
Dois milhões de almas e outros tantos corações,
Ponde de parte ódios, torturas, aflições,
Que o mal suaviza e faz adormecer o vinho:
São todas em redor de uma toalha de linho!

António Nobre, (1867 - 1900)

2 comentários:

  1. Presentemente o Natal
    não tem credos nem nações:
    é pretexto universal
    para estreitar relações!

    JCN

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  2. O Natal da tua altura,
    meu doce Nobre, deixou
    de ter aquela moldura
    que teus versos inspirou!

    JCN

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