quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Meditações - Natal de neve, a caiar

Natal divino ao rés-do-chão humano,
Sem um anjo a cantar a cada ouvido.
Encolhido
À lareira,
Ao que pergunto
Respondo
Com as achas que vou pondo
Na fogueira.
O mito apenas velado
Como um cadáver
Familiar…
E neve, neve, a caiar
De triste melancolia
Os caminhos onde um dia
Vi os Magos galopar…

2 comentários:

  1. Que triste, frente à lareira,
    era de Torga o Natal:
    foi sempre desta maneira
    que ele viveu, tal e qual!

    JCN

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  2. Era tal sua aversão
    ao ser humano em geral
    que para Torga o Natal
    não lhe enchia o coração:

    nos seus dias aziagos,
    costas virando ao Menino,
    nele só via os reis magos
    cavalgando sem destino!

    JCN

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