A Louis Vuitton acaba de editar um livro sobre Arquitectura e Interiores. Uma edição limitada. Três capas à escolha para a mesma obra: New York Fifht Avenue, Tokyo Namikidori, Hong Kong Landmark, com caixas feitas de materiais e cores diferentes.
EDIÇÃO LIMITADA
Data de publicação: 1 de Novembro de 2011
Formato: 24x31 cm
304 páginas/ 300 ilustrações
2 cadernos com esquissos inéditos de arquitectos e cortes de padrões da LV
125€/130 US$/90£/17 000¥
Venda exclusiva nas lojas Louis Vuitton e em louisvuitton.com
EDIÇÃO LIVRARIA
Rizzoli New York,
Versão inglesa
Editions de LaMartinière,
Versão francesa
Disponível em todas as livrarias
85€ / 85 US$ / $90 Canadiano / £50 UK
Da marca:
Visionária defensora do design de interiores e da arquitectura contemporânea, a Louis Vuitton continua a encorajar a inovação e a audácia criativa na concepção das suas lojas, sem perder de vista a essência do luxo, pilar da identidade da marca. Este processo de concepção de um espaço arquitectónico para apresentar a moda e os acessórios de forma espectacular permitiu a criação de um espaço dinâmico para a arquitectura contemporânea e transformou a paisagem urbana. A exploração das lojas internacionais da Louis Vuitton, bem como de locais industriais e de projectos não realizados, inclui entrevistas com alguns dos arquitectos e designers mais talentosos da actualidade, que discutem as belas e complexas estruturas que produziram em colaboração com a Louis Vuitton. Este livro examina os aspectos físicos destes edifícios bem como as ideias que presidiram à sua concepção. Estes espaços, ao mesmo tempo pano de fundo para os produtos de luxo e manifestações físicas da marca, constituem um género próprio. Com acabamentos sumptuosos e texturas inesperadas, estes fantásticos edifícios representam a intersecção da moda com o design de interiores. Exploração das realizações dinâmicas e inovadoras comandadas pela Louis Vuitton, este livro ilustra a correlação entre moda, design de interiores e arquitectura e atrairá a atenção de qualquer pessoa que se interesse por arquitectura comercial inovadora.
Textos de
MOHSEN MOSTAFAVI
FRÉDÉRIC EDELMANN
IAN LUNA
E RAFAEL MAGROU
Entrevistas com
JUN AOKI
PETER MARINO
CHRISTIAN DE PORTZAMPARC
DAVID MCNULTY
E CHRISTIAN REYNE
PREFÁCIO
POR MOHSEN MOSTAFAVI
A moda e a arquitectura têm vindo a ter uma ligação cada vez mais próxima nos últimos tempos. Mas o fascínio recente que uma sente pela outra — arquitectura como suporte para a apresentação da moda e a moda como pré-requisito para toda a arquitectura — apenas contribuiu para mascarar a longevidade da sua associação. Se considerarmos popularidade e novidade as principais características da moda, será inegável que a arquitectura há muito cultiva essas mesmas características. Pelo menos, esta é uma das formas de ver a crise de estilos arquitectónicos na Europa durante o século XIX, altura em que a autoridade da tradição clássica foi largamente suplantada pela procura de novos estilos. O resultado foi a proliferação de estilos populares renovados, cada um dos quais poderia de alguma forma ser visto como parte de uma tendência específica, ou uma forma de moda. Ao mesmo tempo, a noção de arquitectura como o cenário para a venda de produtos tem também uma longa história. Um dos aspectos desta relação entre arquitectura e comércio está directamente ligado à evolução das grandes lojas. A produção em massa de todos os tipos de produtos fez com que fosse necessário que as lojas construíssem montras especiais e muitas vezes exóticas que criavam uma aura de singularidade em redor dos objectos para o consumidor. Num passado mais recente, foi a arquitectura do minimalismo que contribuiu de forma mais explícita e significativa para a relação recíproca entre moda e arquitectura. Sob muitos pontos de vista, a abstracção e o vazio literal do minimalismo constituiu o cenário ideal para a valorização da moda — uma técnica que não deixa de recordar, no que respeita ao seu impacto, os cenários exóticos das lojas do século XIX, uma vez que, em última análise, ambas levam à construção do desejo. Se o minimalismo se centrava na solidão da mercadoria reificada, a estratégia da Louis Vuitton tem sido a da criação do desejo numa escala que se aproxima a uma nova histeria de massas. Pelo menos, parece ser esse o caso do Japão. Antes da abertura da nova loja da Louis Vuitton em Omotesando, no coração de Tóquio, em 2002, milhares de pessoas esperaram pacientemente para poderem entrar na gruta de Aladino. Muitos dormiram no passeio à porta da loja durante duas noites ou mais para adquirirem os seus itens de edição limitada preferidos. Contrariamente ao recente ênfase em espaços interiores para a exposição de moda, as explorações arquitectónicas da Louis Vuitton documentadas nesta obra dedicam-se sobretudo ao exterior dos edifícios, à sua aparência — com algumas notáveis excepções.
A política da Louis Vuitton consistiu até agora na concepção de interiores semelhantes nas suas lojas do mundo inteiro de forma a conferir uma imagem coerente de um luxo discreto. Foi em contraposição com a estabilidade destes interiores reproduzíveis que a Louis Vuitton desenvolveu as suas explorações acerca dos revestimentos exteriores ao longo da última década. No entanto, estes desenvolvimentos inscrevem-se num projecto arquitectónico mais duradouro e sistemático. Dada a natureza do seu objecto — a moda —, é inevitável que este projecto esteja sempre numa situação de transição. Não obstante, as realizações arquitectónicas dos últimos anos revelaram um conjunto de tópicos adicionais que serão tratados com o passar do tempo. A relação entre o interior e o exterior dos edifícios, o tamanho e a escala das suas operações, a flexibilidade e a temporalidade dos seus interiores são alguns exemplos dos tipos de questões cujas respostas surgirão em parte da dinâmica das circunstâncias, incluindo as relativas ao mercado e à arquitectura. A estrutura organizacional para a condução de projectos de arquitectura na Louis Vuitton é diferente da seguida na maioria das outras marcas. A principal diferença é a presença de um Departamento Arquitectónico interno, que funciona como arquitecto e ou cliente, dependendo do projecto. Na realidade, mesmo quando o Departamento de Arquitectura contrata designers exteriores, concede-lhes o seu apoio, mas continuando a desempenhar um papel activo na criação. Esta situação incomum está ligada ao facto de, pelo menos até agora, a empresa só ter trabalhado com arquitectos que estivessem dispostos a participar em pleno num projecto colaborativo em curso. Contrariamente a outras marcas que apelaram a arquitectos com “assinatura”, a Louis Vuitton privilegia projectos que se baseiam num co-desenvolvimento evolutivo da marca LV da sua identidade arquitectónica própria. Vivemos actualmente um período em que as lojas de produtos de luxo se tornaram um fórum crucial de arquitectura. Uma relação anteriormente interdita encontrou agora um terreno de entendimento mutuamente benéfico. Através da realização de diversos projectos, o Departamento de Arquitectura da Louis Vuitton tem estado envolvido na definição deste novo território e continua a explorar a arquitectura num presente constantemente em mutação.
PORTEFÓLIO DE ESQUISSOS INÉDITOS DE ARQUITECTOS
PREFÁCIO DE MOHSEN MOSTAFAVI
PROJECTOS
POR RAFAEL MAGROU, FRÉDÉRIC EDELMANN, IAN LUNA
JAPÃO
KOBE KYORYUSHI, NAGOYA SAKAE, TOKYO OMOTESANDO, TOKYO ROPPONGI,
TOKYO NAMIKI DORI, OSAKA MIDOSUJI (PROPOSTAS)
JUN AOKI CONVERSA COM MOHSEN MOSTAFAVI
ÁSIA PACÍFICO
SHANGHAI PUDONG, HONG KONG CANTON ROAD, HONG KONG LANDMARK,
MACAO ONE CENTRAL, MACAO ONE CENTRAL (PROPOSTA),
SINGAPORE MARINA BAY
PETER MARINO CONVERSA COM MOHSEN MOSTAFAVI
EUA
LAS VEGAS CITY, NEW YORK FIFTH AVENUE
DAVID MCNULTY CONVERSA COM MOHSEN MOSTAFAVI
EUROPA
LONDRES NEW BOND STREET, PARIS CHAMPS ELYSÉES,
SAINT-TROPEZ, ROME ETOILE, MOSCOU GUM
CHRISTIAN DE PORTZAMPARC CONVERSA COM FRÉDÉRIC EDELMANN
SEDES
NEW YORK LVMH TOWER, TOKYO ONE OMOTESANDO
CHRISTIAN REYNE CONVERSA COM RAFAEL MAGROU
PROJECTOS INDUSTRIAIS
DUCEY FRANCE, CERGY EOLE FRANCE, MARSAZ FRANCE, FIESSO D'ARTICO,
PORTEFÓLIO DE PADRÕES DE MOTIVOS LV
CÓDIGOS
POR MOHSEN MOSTAFAVI
LOUIS VUITTON—ARQUITECTURA, MODA, E FABRICO
REVESTIMENTOS
FAÇADAS
SINALÉTICA
CRÉDITOS DO PROJECTO
OS AUTORES
Frédéric Edelmann nasceu em 1951. É jornalista e crítico no Le Monde desde 1977. Foi curador de diversas exposições sobre arquitectura. Nomeado Chevalier da Legião de Honor, recebeu Prix National pela crítica arquitectónica (1990). É membro associado da Académie d’Architecture.
Ian Luna é escritor e crítico sediado em Nova Iorque e autor de vários livros sobre arquitectura, design e moda. Mais recentemente, foi o editor geral e um dos autores que contribuiu para a obra Louis Vuitton: Art, Fashion and Architecture (2009) publicada pela Rizzoli New York. Ian Luna ensinou urbanismo e história da arquitectura na MIT School of Architecture and Planning e na Yale School of Architecture.
Rafael Magrou nasceu em 1971. Arquitecto-observador, Magrou é um crítico das mutações no mundo contemporâneo. Na sua prática profissional, desempenha as funções de jornalista especializado, curador e professor em escolas de arquitectura (ENSA Paris-Malaquais, e Columbia University). Escreve para diferentes publicações e contribuiu para vários livros sobre arquitectura, design e dança.
Mohsen Mostafavi é arquitecto e professor, sendo actualmente reitor da Harvard Schoolof Design e Professor de Design da Alexanderand Victoria Wiley. Foi reitor da Gale and Ira Drukier do College of Architecture, Art and Planning da Cornell University onde foi também Professor de Arquitectura da Arthur L. and Isabel B. Wiesenberger. Foi presidente da Architectural Association School of Architecture em Londres. Mostafavi é membro do concelho de administração do Van Alen Institute e faz parte do comité do Aga Khan Award for Architecture. Em Harvard, é co-presidente do Common Spaces Comittee e membro do Comité para as Artes e do Comité Permanente de Estudos sobre o Médio Oriente. Preside ao júri norte-americano dos prémios da Holcim Foundation para o desenvolvimento sustentável. Anteriormente, fez parte do comité de design da London Development Agency (LDA), do júri para a medalha de ouro do RIBA e do comité de aconselhamento sobre o planeamento do campus da Asia University for Women. Os seus projectos de investigação e de design foram publicados em várias revistas. Foi ainda autor de vários livros sobre teoria arquitectónica.
OS ARQUITECTOS
JunAoki,
Shigeru Ban,
Shigeru Ban,
Zaha Hadid,
Kumiko Inui,
Kengo Kuma,
Peter Marino,
David McNulty,
Christian de Portzamparc,
Christian Reyne,
Jean-Marc Sandrolini.
PUBLICAÇÕES LOUIS VUITTON
Com o desenvolvimento das suas próprias publicações, a Louis Vuitton é um exemplo pioneiro na indústria de luxo. Com um catálogo de cerca de 50 títulos, as Publicações Louis Vuitton centram-se em três colecções com um enfoque muito claro no tema das viagens.
A colecção City Guides já passou por quase 100 cidades em todo o mundo e contou com o talento de mais de cem jornalistas independentes. A Louis Vuitton publica ainda uma colecção original de blocos de notas de viagem, ilustrada com desenhos de artistas e pintores consagrados. Alguns dos destinos oferecidos são Paris, Londres, Tóquio, Nova Iorque e Rio de Janeiro. Por último, mas não menos importante, desde 1994, a Louis Vuitton publicou em colaboração com La Quinzaine Littéraire relatos de viagem de grandes escritores — Annemarie Schwarzenbach, Marguerite Duras, Michel Tournier, Marguerite Yourcenar, Georges Simenon, Henry James, Marcel Proust, Blaise Cendrars, VirginiaWoolf e muitos outros.
Paralelamente, tendo em vista partilhar o seu rico legado com o público geral, a Louis Vuitton colabora numa série de elegantes livros sobre a marca em parceria com editores internacionais (Louis Vuitton: the birth of modern luxury, 2005; Louis Vuitton: the art of the automobile, 2007; The History of the Louis Vuitton Cup, 2008; Louis Vuitton: art, fashion and architecture, 2009; Louis Vuitton, 100 legendary trunks, 2010, Espace culturel Louis Vuitton, Landscapes of contemporary creation, 2011).
Os livros sempre ocuparam uma posição privilegiada na história da Louis Vuitton. Gaston Vuitton (1883-1970), neto do fundador, foi, ele próprio, um bibliófilo apaixonado e um editor iluminado de livros de edição limitada. Entre os clientes fiéis à marca, diversos escritores como Hernest Hemingway ou Françoise Sagan encomendaram malas para livros e caixas para máquinas de escrever. Desde que abriu, em 1914, a loja dos Champs-Élysées oferece aos seus clientes um espaço confortável para ler e escrever. Esta tradição é perpetuada actualmente nas lojas de Paris, Taipé, Hong Kong e Londres, onde as livrarias Louis Vuitton oferecem uma selecção requintada de livros sobre arte, moda, design e viagens.
Créditos das fotos desta notícia: © LOUIS VUITTON / BRUNO ASSELOT
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