Estação Cronográfica fez ontem uma visita à exposição, antes da abertura oficial, que ocorreu hoje, na presença de Juan Carlos Torres, Presidente e CEO da marca, e do Professor Tommy Koh, Embaixador Plenipotenciário de Singapura.
Na exposição estão peças que demonstram mais de um quarto de milénio de continuado conhecimento, não apenas de Relojoaria, mas também dos chamados Métiers d'Art, desde a gravação à esmaltagem.
Concebida como uma viagem iniciática ao mundo da relojoaria dos artesãos do século XVIII, conhecidos como cabinotiers, esta exposição é uma jornada que oferece a oportunidade de descobrir a evolução da arte de medir o tempo, das suas profissões, bem como das influências das correntes artísticas - uma trilogia cultural que forjou a história da Vacheron Constantin desde a sua fundação, em 1755.
Os visitantes viajam no tempo através das 180 peças excepcionais que constituem o património da Manufactura com sede em Genebra, agora exposto em mais de 600 metros quadrados. Os relógios ilustram a evolução da relojoaria, da sua indústria e da sua perícia, desde o século XVIII até ao momento.
Dos documentos históricos dos arquivos da empresa, que datam de Jean-Marc Vacheron e Constantin François, às ferramentas da relojoaria – desde as bancadas dos cabinotiers de Genebra até às máquinas inventadas por Georges Auguste Leschot, o notável inventor, em 1839, do pantógrafo (dispositivo que revolucionou a indústria, permitindo produzir peças de relógios adaptáveis) – a cenografia da exposição dá vida a um universo incrivelmente rico em técnicas e estéticas.
Dos documentos históricos dos arquivos da empresa, que datam de Jean-Marc Vacheron e Constantin François, às ferramentas da relojoaria – desde as bancadas dos cabinotiers de Genebra até às máquinas inventadas por Georges Auguste Leschot, o notável inventor, em 1839, do pantógrafo (dispositivo que revolucionou a indústria, permitindo produzir peças de relógios adaptáveis) – a cenografia da exposição dá vida a um universo incrivelmente rico em técnicas e estéticas.
A peça “estrela” desta exposição ilustra de forma brilhante esta verdade: criado em 1923, o relógio de bolso Les Bergers d'Acadie consagra as subtis competências do alquimista dedicado à busca incansável pela excelência. Esta obra combina os talentos dos relojoeiros esmaltadores e gravadores da Vacheron Constantin dentro de uma caixa em ouro amarelo representando um tríptico fascinante. Um Grand Feu, pintura em miniatura esmaltada, retrata fielmente, no verso da caixa, todos os detalhes do famoso quadro de Nicolas Poussin; enquanto a face se encontra inteiramente gravada. A dupla face é embelezada por uma gravura, desenvolvida com uma técnica ornamental, que descreve uma cena pastoral. Dois anjos vigiam o movimento mecânico de corda manual, que é visível quando o relógio está aberto.
Relógio de pulso de senhora, 1917. Platina, esmeraldas, corte de diamantes brilhantes, corte de diamantes 8/8, mostrador prateado. Esmeraldas e diamantes incrustados, decoração millegrain.
Dimensões: 2.02 x 1.8 cm. Calibre RA 6'' 12/12, redondo, em prata alemã, escape de âncora, índice de ajustamento simples, 18 rubis.
Relógio de Bolso, 1755, Prata, mostrador de esmalte, Diâmetro: 4.5 cm, Calibre 16'', redondo, em bronze prateado, carga e ajustamento manual. Primeiro relógio de bolso conhecido criado pelo fundador da Manufactura. Movimento gravado com a inscrição: "J: M: A Vacheron GENEVE"
Relógio de pulso, 1972. Ouro branco, mostrador prateado. Dimensões: 1.8 × 3.7 cm. Calibre 7’’ - 1052, oval, latão banhado a ródio, escape de âncora, volante de dois braços, espiral plana, regulador simples. 22 Rubis. Na cerimónia que teve lugar em Paris em 1972, o ministro francês François-Xavier Oriole premiou com o galardão “Prestige de la France” a Vacheron Constantin. Esta honra teve por intenção premiar a Manufactura pela sua colaboração com os joalheiros parisienses. A assinalar esta cerimónia, a Vacheron Constantin criou o relógio de pulso “1972”, uma edição limitada. Este modelo encontrava-se acompanhado por uma litografia intitulada Le temps qui passe, do artista Jean Carzou que, uma vez finalizada a produção do 1972, destruiu publicamente a matriz da litografia.
Relógio de Bolso, 1923. Ouro amarelo, mostrador em esmalte, movimento gravado a ouro, bizel decorado, verso decorado em miniatura de esmalte reproduzindo Les Bergers d'Arcadie de Nicolas Poussin. Caixa dupla com gravação que descreve uma cena pastoral. Movimento com dois anjos gravados. Diâmetro: 5 cm. Calibre 17'' médio, aro em prata alemã, escape de âncora, índice de reajuste do micrómetro. 18 Rubis. Pintada por um dos principais especialistas da técnica genebrina de decoração em miniatura em esmalte do início do século XX, Marie Goll.
Relógio de bolso, 1931. O mais fino alguna vez produzido pela Manufactura. Platina, mostrador prateado. Espessura do movimento: 0.95mm. Diâmetro: 4.6cm. Espessura: 3.6 mm. Calibre RA 17¨ 5/12, redondo, de cobre, escape de âncora, espiral plana, 18 rubis.
Relógio de Bolso. Cronógrafo de segundos no verso; calendário perpétuo; fases da lua; repetidor de minutos, a pedido, com 3 timbres; grand sonnerie repicando as horas e os quartos, com 3 timbres, petite sonnerie tocando os quartos.
Relógio de bolso, 1824. Ouro amarelo, esmaltado, mostrador em prata. Caixa champlevé esmaltada. Diâmetro: 5.5 cm. Calibre 21'', Redondo, em bronze prateado, escape em cilindro, 4 furos com rubis, coroa de carga e ajustamento, índice de ajustamento simples.
"Tesouros da Vacheron Constantin - Um legado da relojoaria desde 1755" é muito mais do que uma mera exposição. Durante vários dias após a sua abertura, vários artesãos da manufactura irão partilhar alguns dos seus segredos com os visitantes: um gravador, um joalheiro, um guillocheur, um esmaltador e um relojoeiro estarão no local para testemunhar esse know-how herdado de séculos passados.
A visita inicia-se pelas oficinas de um cabinotier do século XVIII - um símbolo das origens profissionais da Vacheron Constantin, que moldaram a sua identidade. Idêntico à da Maison du Quai de l'Ile desse período, o workshop revela os hábitos de trabalho dos artesãos mestres de Genebra. Sejam relojoeiros, gravadores, ourives ou esmaltadores, estes homens, alimentados pela filosofia do Iluminismo, constituíram a aristocracia artesanal. Foi neste contexto propício à liberdade criativa que Jean-Marc Vacheron criou os seus relógios de bolso, dos quais o primeiro exemplar conhecido e assinado "JM Vacheron à Genève", feito na década de 1750, é exibido.
“Nesta viagem exploratória, percebemos que a longa história da Manufactura não encerra apenas o desenvolvimento tecnológico e a inovação, como também reflecte as mudanças na sociedade através dos tempos e a nossa forma de viver”, disse Lee Chor Lin, Directora do Museu Nacional de Singapura.
Juan Carlos Torres, CEO da Vacheron Constantin
Segundo Juan Carlos Torres, CEO da Vacheron Constantin, "esta primeira grande exposição marca o início de uma longa viagem cultural, da missão de contar a riqueza da história que ecoa da Alta Relojoaria. Esta é também a história de uma notável demonstração de trabalho de equipa, em que cada relógio é resultado de uma simbiose de talentos e do encontro entre homens e mulheres que compartilham o seu “saber-fazer” para alcançar um objectivo comum. É nosso dever transmitir este legado humano, que representa um precioso e inestimável marco na História”.
Professor Tommy Koh, Embaixador Plenipotenciário de Singapura
Um percurso pelos vários logótipos que a mais antiga manufactura relojoeira do mundo foi tendo ao longo de mais de 260 anos de existência ininterrupta
Um jantar de Gala, no Museu Nacional de Singapura, seguiu-se á inauguração oficial da exposição. Os candeeiros, no tecto, recriando a Cruz de Malta, um símbolo que a Vacheron Constantin usa desde 1880
A exposição Treasures of Vacheron Constantin - A legacy of watchmaking since 1755 deverá, depois de Singapura, iniciar uma digressão mundial.
Muito obrigado por ese articulo
ResponderEliminarRoy Asserback