domingo, 27 de março de 2011

Baselworld - notas soltas - VIII (fim)

Baselworld 2011 está terminada para Estação Cronográfica. Podemos estar enganados, mas a sensação que nos deixou a estadia em Basileia é a de que houve desta vez menos visitantes.

Ainda está por se saber o efeito que a revolta social no mundo islâmico terá no consumo do luxo, nomeadamente de relógios.

Ainda está por se saber o efeito da catástrofe sismo / tsunami / nuclear no consumo do luxo, nomeadamente relógios, no Japão.

Ainda está por se saber o efeito da catástrofe sismo / tsunami / nuclear na produção de calibres (mecânicos, mas sobretudo de quartzo) no Japão. Seiko e, sobretudo, Citizen, são dos maiores produtores e fornecedores a terceiros, pelo se se esperam rupturas e prazos de entrega dilatados. Não porque as fábricas tenham ficado afectadas, mas por falta de electricidade, nos próximos tempos, fazendo com que apenas parte da capacidade instalada seja utilizada.

Ainda está por se saber o efeito da crise económica / financeira / política em Portugal e, nomeadamente, no consumo de relógios. Estação Cronográfica detectou a ausência de alguns retalhistas importantes, que não foram ao certame "porque não tencionavam comprar".

O Presidente de uma grande manufactura relojoeira recebeu-nos esta manhã no seu gabinete, na Baselworld, e lançou: "Como estás? Bem? Espero que melhor que o teu país!".

O tema da anunciada falência de Portugal foi recorrente em muitos outros contactos havidos na feira. E o caso só não toma importância mais central porque o espectro do holocausto nuclear nipónico paira ainda sobre o mundo e a margem sul do Mediterrâneo está a ferro e fogo.


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