sábado, 17 de abril de 2010

Pista da semana - O Museu Eng. António de Almeida

A Casa-Museu Eng. António de Almeida (1891-1968), no Porto, além de peças de mobiliário, ourivesaria, têxteis, porcelanas, pinturas e moedas, dispõe de uma colecção de relógios.

António de Almeida (1891-1968) esteve ligado à criação do Banco Espírito Santo e a fundação que instituiu apoia as Artes, as Ciências e o Ensino.

Na sua Casa-Museu, a relojoaria compreende relógios mecânicos de uso doméstico e individual, maioritariamente setecentistas, produzidos em dois importantes centros de fabrico, Paris e Londres, contendo ainda alguns exemplares do século seguinte, oriundos de outras regiões, designadamente da Áustria e da Suíça.
Há um relógio “J. B. Baillon/Paris”, do terceiro quartel do século XVIII, que tem a particularidade de, no mostrador, estarem a escala normal e a decimal, do período revolucionário.

Ou um “Deverberie & C. à Paris”, batendo as horas e as meias horas, munido de autómato – um Amor que bate com um martelo numa bigorna.

Da escola inglesa, um “Thomas Hughes / London”, da segunda metade do século XVIII, um exemplar de coluna, com três pesos e calendário mensal, além de campainha para as horas e carrilhão de oito timbres para os quartos. Ou um relógio de mesa despertador, “John Harper / London”, do início do século XIX. E ainda um outro de coluna, de relojoeiro anónimo, do último quartel do século XVIII, e montado numa caixa coeva, portuguesa.

Quanto aos relógios de bolso, realce para um de mecanismo suíço, de Neuchâtel, de relojoeiro não identificado, do primeiro quartel do século XIX, com movimento à vista e autómatos – figura de mulher e dois Cúpidos, um deles ajoelhado num pedestal, batem com um martelo em pequenos sinos. Ou ainda um exemplar “Vacheron & Constantin / A Genéve”, caixa em ouro, da segunda metade do século XIX.

A pista da semana é pois esta casa-museu, que fica no Porto (Rua Tenente Valadim, 231 / 325) e que merece uma visita não apenas pela sua secção de Relojoaria, já que em Mobiliário, Têxteis, Ourivesaria, Porcelanas, Pintura, Desenho e Gravura tem acervos igualmente valiosos.

Para saber mais: História do Tempo em Portugal - Elementos para uma História do Tempo, da Relojoaria e das Mentalidades em Portugal (Diamantouro, 2003).

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