As estações de correios e telégrafos estavam equipadas sempre com bons relógios, as operadoras de centrais de telefones tinham que ter relógios fiáveis para controlarem os tempos dos “períodos” gastos pelos utentes. Grandes empresas, elas próprias, muniam-se de relógios de ponto sofisticados, comprados às melhores casas do mundo.
A FPC tem alguns marcadores de tempo expostos ao público, mas grande parte dos relógios encontram-se nas reservas, à espera de um melhor tratamento museológico, o que tem tardado.
Das peças expostas, destaque para dois relógios de hora universal de Veríssimo Alves Pereira, um dos grandes relojoeiros do século XIX português.
Depois, de assinalar um relógio de sol, no cimo de um marco da Mala Posta, do tempo de D. Maria I.
De assinalar ainda dois espectaculares relógios de ponto, com uma complexidade mecânica rara.
Além disso, há algumas centrais de “PBX” com relógios “Zenith” cuja corda era dada pelo rodar do mostrador, e relógios de parede.Nas reservas, existem muitos mais relógios de parede, de marcas como as portuguesas “A Boa Reguladora”, “A. V. Fonseca”, “J. Maury”, ou importadas como “National”, “E. Vinay”, “Favag-Hertig”, “Ericsson”, “Memor Electronic” ou “Waterbury Clock Company”.
A pista da semana é pois o Museu das Comunicações, da Fundação Portuguesa das Comunicações, na Rua do Instituto Industrial, em Lisboa.
Para saber mais: História do Tempo em Portugal - Elementos para uma História do Tempo, da Relojoaria e das Mentalidades em Portugal (Diamantouro, 2003)
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