Qualquer ponto da Terra pode localizar-se por essas duas coordenadas – longitude e latitude
O “dia universal” é medido a partir do Meridiano Zero.
Da Wikipedia:
O Meridiano de Greenwich é o meridiano que passa sobre a localidade de Greenwich (no Observatório Real, nos arredores de Londres, Reino Unido) e que, por convenção, divide o globo terrestre em ocidente e oriente, permitindo medir a longitude. Foi estabelecido por Sir George Biddell Airy em 1851. Definido, por acordo internacional em 1884, como o primeiro meridiano, serve de referência para calcular distâncias em longitudes e estabelecer os fusos horários. Cada fuso horário corresponde a uma faixa de quinze graus de longitude de largura, sendo a hora de Greenwich chamada de Greenwich Mean Time (GMT).
O Meridiano de Greenwich atravessa dois continentes e sete países. (na Europa: Reino Unido, França e Espanha (como se vê nas fotos acima); e na África: Argélia, Mali, Burkina Faso e Gana). O seu antimeridiano é o meridiano 180, que coincide fugazmente com a irregular Linha Internacional de Data, cruza uma parte da Rússia no estreito de Bering e uma das ilhas do arquipélago de Fiji, no Oceano Pacífico.
O senador do Canadá, Sanford Fleming, em 1878, sugeriu um sistema internacional de fusos horários. O seu pensamento era dividir a Terra em 24 faixas verticais, onde cada uma delas era um fuso de uma hora. O planeta possui 360° de circunferência, assim sendo, cada faixa teria 15° de largura longitudinal. Em 1879, o estudo foi publicado num jornal científico de Toronto. Com a aprovação norte-americana, em 18 de novembro de 1883, as linhas de caminhos-de-ferro passaram a utilizar os fusos.
A questão em Portugal - O Meridiano Zero de Lisboa Em princípios do séc. XIX e a par de outras nações europeias, Portugal adoptou o Tempo Solar Médio, que simplificou a definição da Hora Legal. Os Reais Observatórios Astronómicos da Marinha (Lisboa) e de Coimbra definiam a Hora Legal para a sua região de longitude. Funcionavam, assim, vários meridianos zero no país.
Apesar da confusão em relação ao meridiano principal, já no ano de 1884 mais de dois terços dos navios usavam o Meridiano de Greenwich como referência de longitude. No mês de Outubro daquele ano, sob os auspícios de Chester A. Arthur, então presidente dos Estados Unidos, 41 delegados de 25 nações sencontraram-se em Washington, DC para a Conferência Internacional do Meridiano. Esta Conferência seleccionou o Meridiano de Greenwich como meridiano principal devido à sua popularidade. Votaram a favor do Meridiano de Greenwich o Império Austro-Húngaro, o Chile, a Colômbia, a Costa Rica, a Alemanha, o Reino Unido, a Guatemala, o Hawai, a Itália, o Japão, a Libéria, o México, os Países Baixos, o Paraguai, a Rússia, a Espanha, a Suécia, a Suíça e a Turquia. O Brasil e a França, todavia, abstiveram-se do voto (por várias décadas ainda, os mapas franceses permaneceram usando o Meridiano de Paris como meridiano zero) e a República Dominicana votou contra. Os representantes dos Estados Unidos, da Venezuela e de El Salvador faltaram à votação.
As zonas horárias ou fusos horários são cada uma das vinte e quatro áreas em que se divide a Terra e que seguem a mesma definição de tempo. O termo fuso refere-se a uma velha peça de relógio onde a corda se enrolava. Anteriormente, por volta de 1300 ou já antes, usava-se o tempo solar aparente, passagem meridiana do sol, de forma que a hora do meio do dia se diferenciava de uma cidade para outra. Os fusos horários corrigiram em parte o problema ao colocar os relógios de cada região no mesmo tempo solar médio.
A hora era uma característica extremamente local. Antigos viajantes, tinha que acertar o relógio toda a vez que chegavam a uma cidade nova. O acerto de horas era feito através do sol: o meio-dia representava o ponto mais alto que a estrela alcançava. Grande parte das empresas, devido a estas irregularidades resolveram fixar cem fusos dos caminhos-de-ferro. Esta prática ocorreu até 1883.
Na Grã-bretanha, foi criado uma única hora legal para todo o país (Inglaterra, Escócia e País de Gales), sendo o autor original desta ideia o Dr. William Hyde Wollaston. Com isto, a prática foi-se popularizando.
A Great Western Railway foi a primeira companhia de caminhos-de-ferro a utilizar a hora Greenwich Mean Time (GMT) ou Tempo Médio de Greenwich. Em 1847, praticamente todas utilizavam este sistema.
O senador do Canadá, Sanford Fleming, em 1878, sugeriu um sistema internacional de fusos horários. O seu pensamento era dividir a Terra em 24 faixas verticais, onde cada uma delas era um fuso de uma hora. O planeta possui 360° de circunferência, assim sendo, cada faixa teria 15° de largura longitudinal. Em 1879, o estudo foi publicado num jornal científico de Toronto. Com a aprovação norte-americana, em 18 de novembro de 1883, as linhas de caminhos-de-ferro passaram a utilizar os fusos.
Em 1884, foi realizado a Conferência Internacional do Primeiro Meridiano, em Washington D. C., Estados Unidos. A proposta era padronizar a utilização mundial da hora legal. Acabou sendo aceito a teoria de Fleming. A longitude 0° passaria pelo Observatório Real de Greenwich. Os outros fusos seriam contados positivamente para leste, e negativamente para oeste, até ao Meridiano de 180º - o Anti-Meridiano, situado no Oceano Pacífico, onde seria a Linha Internacional de Data.
A questão em Portugal - O Meridiano Zero de Lisboa Em princípios do séc. XIX e a par de outras nações europeias, Portugal adoptou o Tempo Solar Médio, que simplificou a definição da Hora Legal. Os Reais Observatórios Astronómicos da Marinha (Lisboa) e de Coimbra definiam a Hora Legal para a sua região de longitude. Funcionavam, assim, vários meridianos zero no país.
Legislação de 1878 estabelece que o Real Observatório Astronómico de Lisboa (OAL, criado em 1861, nas fotos acima, ao tempo da fundação e na actualidade) tem como objectivo "Fazer a transmissão telegráfica da hora oficial ás estações semafóricas e outros pontos do país". O OAL passa a funcionar como meridiano zero para todo o território nacional.
Só com a República Portugal adopta o sistema de fusos horários aprovado a 22 de Outubro de 1884 na Conferência de Washington. A partir de 1 de Janeiro de 1912, a Hora Legal em Portugal Continental foi adiantada de 36m 44s,68, ou seja a diferença de longitudes entre os meridianos do OAL e de Greenwich. (A longitude de Lisboa é de 9,11 graus Oeste).
Para saber mais, História do Tempo em Portugal – Elementos para uma História do Tempo, da Relojoaria e das Mentalidades em Portugal (2003).
Parabéns pelo Blog.
ResponderEliminarSerei leitora.
Sds,
Glaucia