quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Meditações - tempo de espera e tempo matemático

Se eu quiser preparar um copo de água açucarada, sou sempre obrigado a esperar que o açucar se dissolva. Este pequeno facto é rico em ensinamentos, já que o tempo da espera não é mais o tempo matemático que poderia ser atribuído ao curso de toda a história do mundo material, ainda que esta se desenrolasse duma só vez no espaço: ele coincide com a minha impaciência, isto é, com uma parte da minha duração, que não pode ser alongada ou encurtada à vontade. Não é mais algo de pensado, mas de vivido, não é mais uma relação, mas um absoluto.
Henri-Louis Bergson (1859 - 1941), filósofo francês

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