sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Breves relojoeiras - sinais ténues de retoma

As acções do Swatch Group estão hoje ao dobro do valor registado em Janeiro, altura em que atingiram o seu ponto mais baixo.

Com a divulgação na semana passada de resultados semestrais bastante razoáveis (com indicadores sempre superiores ao sector), o Swatch Group viu esta semana a generalidade dos analistas financeiros a recomendarem a compra do título e a preverem um segundo semestre igual ou superior ao primeiro, quando o maior grupo relojoeiro do mundo viu aumentar a sua quota de mercado em praticamente todos os mercados internacionais.

Para a maioria dos ananlistas, a saída da recessão de países como a Alemanha e a França é apenas mais um indicador, a juntar a alguns pequenos outros, fazendo crer que o pior da crise, para o sector relojoeiro suíço, já terá passado.

A diminuição de stocks no retalho, como indicam a maior parte dos países, é um bom sinal, mas apenas a vendas de Novembro e Dezembro poderão infirmar uma saída da crise que deverá demorar alguns meses a consolidar.

Michael Tay, CEO de The Hour Glass, com 27 pontos de venda na Ásia, diz que há sinais de retoma. Jean-Christophe Babin, CEO da TAG-Heuer, vai no mesmo sentido, ao dizer que há pequenos sinais, mas avisa que a retoma só deverá ser verdadeiramente sentida aquando da Baselworld 2010, na Primavera. A quantidade enorme de stocks, nomeadamente nos Estados Unidos, não irá permitir uma recuperação rápida.

Thomas Morf, CEO do distribuidor Carl F. Bucherer, a maior cadeia de relojoaria e joalharia na Suíça (13 pontos de venda, mais alguns na Alemanha), faz notar que consumidores com alto poder de compra, como japoneses e chineses, estão agora a viajar menos, devido à gripe A. Em entrevista ao Finanz und Wirtschaft, afirma que todas as marcas por ele representadas sofreram redução nas vendas. Desde 2001 que a Bucherer comercializa também uma marca própria de relógios.
Philippe Stern, Presidente da Patek Philippe, espera uma redução de vendas de 50 por cento nos Estados Unidos, em 2009. Segundo o Le Matin Bleu, a manufactura independente espera, no entanto, acabar o ano com um volume de negócios semelhante ao de 2008. As vendas estavam cerca de 10 por cento abaixo até Julho, mas apenas em número de peças. Em valor, elas terão aumentado. Com excepção da Espanha, a Patek está bem na Europa, que constitui 45 por cento do seu mercado. “E as peças muito caras têm-se vendido melhor”, diz Philippe Stern.

Enquanto isso, o Conselho Federal Helvético decidiu aumentar de 400 para 520 dias o tempo máximo de subsídio de desemprego nas regiões de Neuchâtel e Val de Travres, fortemente atingidas pela crise, especialmente no sector relojoeiro.

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