Philippe Stern, Presidente da Patek Philippe, anunciou que no final do ano passará a condução da empresa ao filho, Thierry. Depois de meio século de direcção, Philippe segue a tradição na empresa, pois também ele herdou do pai a manufactura genebrina, que está nas mãos dos Stern desde 1932. A Patek Philippe tem actualmente 1500 trabalhadores e um volume de negócios que deverá rondar os 1,2 mil milhões de francos suíços anuais. Philippe admite que a crise também atingiu a mais prestigiada marca de Alta Relojoaria, provocando uma diminuição de cerca de 15 por cento nas vendas - recuando para níveis de 2007. Mas a manufactura não pensa fazer despedimentos.
A sociedade Pierre Schwab, detentora da marca Swiza, especializada em relógios de mesa e despertadores, acaba de ser vendida ao grupo Mecap, de Bienne, deixando assim de estar nas mãos da família que a fundou em 1904. A razão da venda foi, uma vez mais, a crise.
Jérôme Lambert, PDG da Jaeger-LeCoultre, anunciou que a manufactura não prevê despedimentos, mas admite que a JLC está a ser duramente afectada nos mercados norte-americano, espanhol e japonês.
Já o maior grupo relojoeiro do mundo, o Swatch Group, acaba de anunciar, pela primeira vez em 20 anos, reduções no tempo de trabalho numa das suas empresas. A Universo, que produz essencialmente ponteiros, terá os seus 258 trabalhadores a fazerem meio horário a partir de 1 de Setembro. E o total de 350 trabalhadores da empresa estará de férias a partir de 20 de Julho.
A imprensa helvética tem dado, entretanto eco a um esforço da Rolex para que o nome da marca não seja afectado no meio da crise. Segundo alguns retalhistas de Genebra, a Rolex está a contactá-los para que não cedam à tentação de vender a preços reduzidos relógios clássicos como o Subariner. Como solução, a Rolex está a recomprar ao retalho mais aflito os relógios que teimam em não sair das montras...
Na Franck Muller, a crise está longe de chegar ao fim. De um total de 550 empregados antes da crise, restam agora menos de 200. E a opinião pública suíça começa a interrogar-se sobre o acordo secreto a que terão chegado o accionista principal da Franck Muller, o arménio Vartan Sirmakes, e o fisco do cantão de Genebra, com vista ao rescalonamento de dívida ou mesmo ao perdão de parte dela.
Aos 64 anos, um dos "históricos" do sector, Georges-Henri Meylan, antigo Director da Audemars Piguet, responsável por uma das histórias de sucesso mais sólidas da última década, e que deixou a companhia familiar no final de 2008, vai agora para Presidente do conselho da Fundação La Source, que detém a clínica privada e escola de enfermagem com o mesmo nome, em Lausanne.
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