sexta-feira, 30 de abril de 2021
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quinta-feira, 29 de abril de 2021
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Meditações - um fascínio por autómatos e relógios...
quarta-feira, 28 de abril de 2021
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terça-feira, 27 de abril de 2021
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segunda-feira, 26 de abril de 2021
Os relógios Officine Panerai no Relógios & Canetas online
domingo, 25 de abril de 2021
Os relógios Olivia Burton no Relógios & Canetas online
Vidros de mostrador antigos para o Núcleo do Tempo da Casa do Cabeço
Do mestre Jaime Ferreira de Oliveira e do seu espólio já aqui falámos. Da mesma proveniência, chega-nos agora às mãos, por intermédio de um amigo comum, Jorge Pinheiro, da Sociedade de Relojoaria Indepoendente, mais de uma centena de vidros acrílicos para relógios, alguns com 70 e 80 anos. Inutilizados, mas úteis para o Núcleo do Tempo da Casa do Cabeço.
Há três tipos de vidros empregues em relojoaria - acrílicos, mineral ou de safira.
Semelhante ao plástico e igualmente conhecido pelo nome de plexiglass ou hésalite, o vidro acrílico tem a vantagem de ser muito leve e barato. mas a desvantagem de ficar quebradiço com a exposição ao sol e de ser facilmente riscado (dureza Vickers 500). Pode ser polido, recuperando a transparência.
O vidro mineral é... vidro. Tem uma dureza superior ao acrílico (Vickers 650 a 800), é mais pesado e mais resistente aos riscos. É também mais caro e o que mais se usa actualemente em relojoaria (embora a febre revivalista vintage tenha feito renascer o gosto pelo plexiglass). É mais difícil de polir.
Finalmente, há o vidro de safira, Composto criado em laboratório, é o mais caro de todos. Tem uma dureza Vickers 2.300 , sendo dificilmente riscado (teoricamente, apenas o diamante o poderá fazer, por ter dureza superior). Tem as mesmas propriedades químicas que a safira natural. E é sete vezes mais duro e compacto que o aço temperado. A Alta Relojoaria emprega-o, não apenas do lado do mostrador, mas muitas vezes no verso, para mostrar o calibre.
O que não há, mas não há mesmo, é "cristal de safira". A miserável tradução da maior parte das agências de comunicação usa estes termos, retirados directamente do Castelhano, onde "cristal" quer dizer vidro.
Dois Seiko 5 com meio século recuperados por Mestre Vinhas
Estão assim, estavam como se vê nas imagens em baixo. São dois Seiko 5, dos anos 1970. E passaram pelas mãos de João Vinhas, o relojoeiro que tem recuperado a maior parte das peças da nossa colecção.
Estes dois exemplares, adquiridos no estado que se vê, e sem funcionar, são Seiko 5 (6119 8093), modelos produzidos em Abril de 1972 e Maio de 1973. Têm caixa de 35.8mm, de aço.
A linha Seiko 5, que ainda hoje existe, foi criada em 1963. O algarismo 5, no meio de um escudo, é uma referência às cinco características que a marca japonesa quis incorporar: resistência à agua, resistência ao choque, calibre automático (6119C, de 21 rubis), indicação de dia e data com acerto rápido pela coroa e coroa às 4 horas.
Cada relógio Seiko tem no fundo um número de série que indica o ano e o mês de produção. O primeiro dígito indica o ano da década em que a peça foi produzida. Assim, um relógio de 1972 tem um número de série começado por 2. O de 1973, começado em 3.
O segundo dígito especifica o mês de produção. Os 12 meses são numerados de 1 a 9 de Janeiro a Setembro. Outubro tem um "O", Novembro um "N" e Dezembro um "D".Estes dois, no fundo, têm gravado, respectivamente 248921 e 358820, o que significa que foram fabricados em Abril de 1972 e Maio de 1973. Um tem a indicação de dia/data em inglês, o outro em português.
Mestre Vinhas, com a sua oficina em Arcos, Estremoz, não deixa os seus clientes mais antigos partir sem lhes meter nas mãos produtos da região. Além de relógios recuperados, como novos, trazemos sempre para casa queijo e enchidos...