(arquivo Fernando Correia de Oliveira)
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
Chegado ao mercado - relógio Raymond Weil Freelancer "Gibson Les Paul"
A Raymond Weil homenageia aquele que será o mais famoso fabricante de guitarras eléctricas - a Gibson - e o pioneiro dos instrumentos de música modernos - Lester William Polsfuss, conhecido como Les Paul. Isto, através da guitarra que inspirou e foi usada por nomes como Jimmy Page ou Keith Richards, passando por Jimi Hendrix e Eric Clapton.
O Raymond Weil Freelancer "Gibson Les Paul" é um cronógrafo automático com data. Tem caixa de 43,5 mm, de aço, estanque até 100 metros. É limitado a 300 exemplares.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017
Relógios Péquignet - quadros tomam conta da empresa
O tribunal de comércio de Besançon, França, acabna de se pronunciar pela continuação da manufactura relojoeira francesa Péquignet, agora tomada na totalidade do seu capital por quatro quadros da empresa.
A outra hipótese em cima da mesa era a absorção da Péquignet pelo vizinho grupo Ambre, detentor das marcvas Yonger and Bresson e Yéma, e dirigida por Pascal Bole, presidente da câmara francesa de relojoaria e micromecânica. Nessa proposta, a Ambre comprometia-se a ficar com 11 dos 38 trabalhadores da Péquignet. A tomada de controlo por parte dos quadros (três vendedores e um engenheiro), solução preferida pelo tribunal, garante a manutenção de 16 dos postos de trabalho.
A liquidação judicial da Péquignet tinha sido decretada a 30 de Novembro de 2016, a segunda vez que a empresa ia à falência.
A Péquignet foi fundada em 1973 por Émile Pequignet. A marca teve a sua primeira internacionalização no mercado português, onde obteve nos anos 70 e 80 do século passado alguma notoriedade e êxito de venda, sobretudo junto do público feminino, com o seu modelo Moorea.
Em 2004, Émile Péquignet decide reformar.se, vendendo a empresa a Didier Leibundgut, um histórico do sector relojoeiro, incentivador da criação de um calibre próprio para a marca - Calibre Royale.
O investimento avultado no desenvolvimento desse calibre, ocorrido no início da crise económica mundial, levou a que a Péquignet fosse pela primeira vez à falência. Em 2012, a Péquignet era salva da falência por dois investidores franceses. Philippe Spruch e Laurent Katz, milionários da informática, tinham vendido pouco tempo antes à norte-americana Seagate a empresa LaCie, especializada em chaves USB. Tinham muito dinheiro e entraram no "espírito patriótico" de salvar uma manufactura relojoeira francesa, em nome da história de toda uma região, à volta de Morteau, tão rica no passado nesse sector.
Mas as coisas nunca chegaram a correr bem. Deixando o Calibre Royale para trás, a equipa tentou ressuscitar o Moorea, em modelos de quartzo. A nova crise na relojoaria, que também se faz sentir na Suíça, levou à acumulação de passivo. Até à segunda declaração de falência.
Agora, os quadros pretendem ressuscitar o Calibre Royale e lançar uma terceira linha, para além do Moorea.
Visitámos a Péquignet em Setembro de 2013, para as comemorações dos 40 anos da marca.
Em Portugal, a Péquignet é representada pela J. Borges Freitas
Meditações - hora para amar
Não há nenhuma ampulheta
que nos diga a hora exacta
ou pelo menos a data
que é para amar a correcta!
João de Castro Nunes
que nos diga a hora exacta
ou pelo menos a data
que é para amar a correcta!
João de Castro Nunes
domingo, 26 de fevereiro de 2017
Meditações - relógio de sol
Domingo
Iglesia frutera
sentada en una esquina de la vida:
naranjas de cristal de las ventanas.
Órgano de cañas de azúcar.
Ángeles: polluelos
de la Madre María.
La campanilla de ojos azules
sale con los pies descalzos
a corretear por el campo.
Reloj de Sol:
burro angelical con su sexo inocente;
viento bien mozo del domingo
que trae noticias del cerro;
indias con su carga de legumbres
abrasada a la frente.
El cielo pone los ojos en blanco
cuando sale corriendo de la iglesia
la campanilla de los pies descalzos.
Jorge Carrera Andrade
Iglesia frutera
sentada en una esquina de la vida:
naranjas de cristal de las ventanas.
Órgano de cañas de azúcar.
Ángeles: polluelos
de la Madre María.
La campanilla de ojos azules
sale con los pies descalzos
a corretear por el campo.
Reloj de Sol:
burro angelical con su sexo inocente;
viento bien mozo del domingo
que trae noticias del cerro;
indias con su carga de legumbres
abrasada a la frente.
El cielo pone los ojos en blanco
cuando sale corriendo de la iglesia
la campanilla de los pies descalzos.
Jorge Carrera Andrade
sábado, 25 de fevereiro de 2017
Livro do dia - The Book of Necklaces, de Sah Oved, 1953
The Book of Necklaces, de Sah Oved, mulher de Mosheh Oved. Primeira edição, 1953 (Biblioteca Horológica Fernando Correia de Oliveira)
Meditações - ver passar o tempo
Eu passo o tempo a esperar
que o tempo depressa passe,
mas ele põe-se a brincar
diante da minha face!
João de Castro Nunes
que o tempo depressa passe,
mas ele põe-se a brincar
diante da minha face!
João de Castro Nunes
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
Boutiques Monbtlanc dão presentes a quem as visite
As Boutiques Montblanc em Lisboa, Porto e Vila Nova de Gaia têm até 31 de Março uma campanha especial abrangendo todos os visitantes - um presente. A oferta está limitada a uma peça, por cliente, e ao stock existente.
Oferta válida nas seguintes Boutiques Montblanc:
Lisboa - Av. da Liberdade, 111 | El Corte Inglés, Piso 0
Porto - C. C. NorteShopping, Loja 0.415/17 |
Vila Nova de Gaia - El Corte Inglés, Piso 0
Meditações - o pêndulo como picareta
El reloj
A Jaime Torres Bodet
Reloj:
picapedrero del tiempo.
Golpea en la muralla más dura de la noche,
pica tenás, el péndulo.
La dispierta vainilla
compone partituras de olor en los roperos.
Vigilando el trabajo del reloj
anda con sus pantuflas calladas en silencio
Jorge Carrera Andrade
A Jaime Torres Bodet
Reloj:
picapedrero del tiempo.
Golpea en la muralla más dura de la noche,
pica tenás, el péndulo.
La dispierta vainilla
compone partituras de olor en los roperos.
Vigilando el trabajo del reloj
anda con sus pantuflas calladas en silencio
Jorge Carrera Andrade
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
Geneva International Motor Show - relógios TAG Heuer convidam...
Os relógios TAG Heuer, em parceria com a Sony, aproveitando o Salão Automóvel de Genebra, vão anunciar a 8 de Março uma parceria no âmbito do e-gaming.
Meditações - gastar o tempo
Por mais que o tempo me gaste,
eu não deixo de o gastar
até que um dia me arraste
por já não poder andar!
João de Castro Nunes
eu não deixo de o gastar
até que um dia me arraste
por já não poder andar!
João de Castro Nunes
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
ISO 8601 - Norma internacional que regula a representação da data/hora vai ser revista
Ilustração tirada daqui
A ISO 8601, norma internacional para representação de data e hora emitida pela Organização Internacional para Padronização (International Organization for Standardization, ISO), está prestes a sofrer uma revisão.
A ISO 8601 é vital para o quotidiano da Humanidade - desde os horários de voos aos dos transportes públicos, passando pelas telecomunicações e emissão dos media, ou para armazenamento de dados, ela é omnipresente.
Acabámos de receber, directamente da ISO, um artigo de Barnaby Lewis, onde Klaus-Dieter Naujok, um especialista na matéria, dá conta das alterações que esta norma irá sofrer dentro em breve.
Klaus-Dieter Naujok
Transcrevemos, na íntegra:
Date and time: the new draft of ISO 8601 explained by
Standardization is a truly international activity, and I've been lucky to have worked with more nationalities than I can remember. But, that said, my first business meeting with a German remains etched in my memory. It was in fact nothing more than a working breakfast, a chance to meet face-to-face after a good number of productive and friendly phones calls. "So, we'll meet at the café at half-nine? Look forward to meeting you then!"
Well, it turns out that for Germans, half-nine, means half-an-hour-before-nine-o’clock-has-arrived (08:30), while for an Englishman, such as myself, it means half-an-hour-has-passed-since-nine-o’clock (09:30). It was an embarrassing mistake, though without serious consequence; an apology, and the pancakes and coffee on me. But it could have been something much more serious than a fudged Frühstück.
That’s why in 1988, ISO 8601 was published. In a single document, Data elements and interchange formats – Information interchange – Representation of dates and times, established a fool-proof format for computer users, ensuring that critical events happen on time. Whether scheduling flights and public transport; broadcasting sports events; keeping public records; managing major projects; or establishing a reliable way to swap the inconceivably huge amount of data that keeps modern life on track, ISO 8601 is a game-changer.
So when I saw that TC 154, the 39-member strong ISO Technical Committee for Processes, data elements and documents in commerce, industry and administration had worked to publish a draft in December 2016 that updates ISO 8601, I was intrigued. Since the current edition was published, in 2004, what could possibly have changed about date and time? There are still 24-hours in a day, 365 (and-a-bit) days in year? So why a new International Standard?
If anybody can shed some light on this, it is Klaus-Dieter Naujok, the chairman of TC 154. A quick look at his résumé reveals that Klaus been involved in standardizing data exchange since the infancy of computing. Among a wealth of other projects, he’s worked on the UN/EDIFACT standard that formed a basis for subsequent ISO standards in the field. And since 2013 he’s been Convenor of TC 154’s Working Group 5, which deals with the specialised area of representation of time and dates. So, he’s definitely the person to speak to.
With Klaus based on the USA’s West Coast, and ISO’s Central Secretariat being in Geneva, I am reminded again why dates and times can be such a tricky business. Luckily for me, and millions of others, the application of ISO 8601 means that I can simply pick a time in my calendar and leave my PC to send him an appropriately time-adjusted RSVP. So the appointment arrives, and as I’m coming to the end of my day, Klaus is at the beginning of his. We connect by internet, and I pop the big question: What’s changed in ISO 8601 (in language I can understand please)?
"Well, the most visible change is that ISO 8601 now has a second part. Part two deals specifically with extensions to the basic rules that are defined in Part one. You mention ‘everyday language’... since date-and-time touch everyone, there are a lot of common expressions that don’t have a shared definition: semester, trimester, spring, summer, autumn, winter, to name a few. For these everyday terms, and questions such as ‘when does a day start, or end’, we’ve developed new ways of representation."”
Klaus goes on to explain that DIS 8601-2, extensions, also covers: how dates are grouped; how date ranges are specified; how intervals between recurring events need to be represented, and how to deal correctly with leap-seconds. But that’s not all that has changed. So have the sectors that are making use of the technology. We had requests from some surprising places: genealogists, statisticians, government agencies and the US Library of Congress!”
So what sort of specific needs do they have? How do they represent dates differently to others?
Klaus again: "Well, like all International Standards ISO 8601 has to be useful in the real-world. The changes that have been made all result from requests that have been made by users of 8601, to adapt it to their changing needs.
"When dealing with historical events or people who were born or died long ago, the information is often incomplete. Perhaps we know the year that someone was born, but not the month. So we had to develop a consistent and accurate way of dealing with incomplete information."
OK, so there are now ways of using standardized date representation, even when we don’t know the exact date. I mull over the benefits to archivists, historians, library scientists, and then try to pitch Klaus a curve-ball. So what happens for dates that are BC, ancient Greece and so on? How does a four-digit format work in that case?
“Well, that’s actually not as tricky as it seems. We solved that by simply using a minus sign! But of course, you mention the four-digit year format, the importance of which has been clear to everyone since the Millennium crisis [when, at the end of the 1990s, computers using a two-digit date format were unable to distinguish between 1900 and 2000 (or of course any centennial year…)]. But did you know that the Draft ISO 8601 actually allows you to have years with more than four digits?”
No, I didn’t. Though it’s hard to imagine when such a need would arise. Unless...you’re talking about a very long time in the future?
"Exactly!" returns Klaus, "there are scientists who are dealing with events in the future, climatologists or people working on astronomical timescales, who may need to refer to events that could occur after the year 10 000." Talk about future proofing!
So, it seems that the Draft of ISO 8601 evolves a fundamental International Standard on a scale that keeps it relevant to everyday life for years to come. As I wrap up my interview with the ever-enthusiastic Klaus, I thank him, and TC 154, wish him all the best for the rest of his morning, and write up my notes before tomorrow begins.