quarta-feira, 14 de março de 2012

Meditações - sinal dos sinos

Para os sinos não ouvir
durante a noite a avisar-me
que a morte virá buscar-me
quando menos pressentir,
faço que estou a dormir
insensível ao alarme!

João de Castro Nunes

1 comentário:

  1. Cinzas do tempo


    Breves os dias passam como folhas
    que os ventos outonais fazem voar
    ou mais prosaicamente como bolhas
    que vêm à tona da água a rebentar.


    O tempo tudo leva à sua frente,
    coisa nenhuma incólume deixando,
    como é sabido, como é voz corrente
    e se ouve repetir de quando em quando.


    Do passado que fica para trás
    restando vão memórias e lembranças
    na alma guardadas a fazer de arcaz.


    É lá que tenho um lenço que me deste
    no próprio dia em que me conheceste
    para um anel guardar das tuas tranças!


    João de Castro Nunes

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