segunda-feira, 31 de maio de 2010

Ferreira Gullar - um texto do Prémio Camões 2010 versando relógios

Ferreira Gullar foi declaro hoje Prémio Camões 2010. Estação Cronográfica associa-se à ocasião recordando um trecho da sua obra Crime na Flora, versando um Mido Multifort Automatic que o poeta usava no pulso e que parou... Enquanto no seu jardim nasciam relógiosflor...

Manhãzinha as abelhas iam colher o pólen e minha irmã ia colher as flores: lá achou o elmo de louça, entre os capins mas, criança, pensou que se tratasse dum caco de astro. Trouxe-o, e ele veio cheio de pólen como uma corola.

Ao vê-lo julguei ver uma xícara de porcelana bordada que começasse a virar ostra ou mesmo um fragmento de urinol imperial. Era um elmo. Expliquei-lhe que o elmo e o fumo são da mesma idade. Ela sorria ouvindo e, levantando-se, pôs dentro dele as flores que deixara sobre a cadeira e colocou-o como um jarro no centro da mesa.

Havia ao lado um relógio-despertador, com seus ponteiros e seus números sobre o alvo mostrador de esmalte - uma flor durável. O melhor lugar para um relógio - lhe disse – é no meio dum canteiro de açucenas.

só uma semana mais tarde reparei que aquele elmo era na verdade um crânio - o que restava do esqueleto de um homem ou, pelo menos, o que dele se achara até então. Fui até o jardim, que fica ao lado da casa, e comecei a busca minuciosa dos restos mortais do desconhecido. O dia era claro e a terra do jardim estava seca e solta, apunhalada de, caules marrons de roseiras, de violetas, de açucenas, hortênsias, jasmins, cravos-de-defunto, lírios, rosmaninhos, miosótis, papoulas, amores-perfeitos, magnólias, alecrins, perpétuas, dálias, príncipes-negros, sempre-vivas, angélicas, lilases, brincos-de-princesa, boas-noites, boninas e girassóis.

Era tudo visível. De joelhos no solo fofo e esquivo, procurava com os dedos entre as folhas caídas, espiando entre as flores paradas no ar, planetárias, e cujo sol (oculto) bem podia ser aquela caveira de osso de louça posta feito jarro em nossa varanda. Nada encontrei. À tardinha prossegui na busca até que a noite chegou. Em vão.

Na terça-feira voltei à pesquisa do jardim. Em vão. Na quarta, em vão. Na quinta, em vão. Na sexta, em vão. No sábado, em vão. No domingo (belo e rico), em vão. De novo na segunda-feira, em vão. Na terça, em vão. Na quarta, em vão. Quinta, em vão. Sexta, em vão. Sábado, no vão de uns capins, achei um anel, alvo como prata.

Aproximando-o dos olhos, para melhor verificá-lo, percebi que dentro dele qualquer coisa pulsava; como um relógio. Procurei, nele, por onde abri-lo. Em vão. Um relógio sem mostrador, parecia-me esquisito demais. Escutei-o, atentamente: tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic parou!

Fiquei atônito um segundo: meu relógio de pulso, em meu pulso, marcava meio-dia em ponto, e estava parado. Esbocei um sorriso de compreensão ao meu Mido Multifort Automatic. No círculo astronômico do mostrador branco a agulha negra em que se solveram os dois ponteiros apontava enigmática para a altura silente vertiginosa do verão. Verão - eu disse - ainda verão – eu disse - Verão - eu disse - e o vocábulo se fundiu à agulha do astro o sol era no alto uma coroa esplendendo exatamente sobre a minha cabeça meio dia a escuridão da claridade, o segredo do
ouro que reunia tudo em meu redor.

O jardim com suas folhas abertas e fixas. Olhei a açucena: ela moveu as pétalas, abriu-se, surgiu de dentro um mostrador de relógio, e a zoada de seu mecanismo foi se instalando naquele espaço aceso tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic

Olhei o crisantemo: a corola girou, lenta, girou e dois ponteiros azuis brotaram-lhe do cálice; parou a flor: sobre o mostrador de ouro os ponteiros marcavam meio-dia tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic

meu olhar acompanhava todas as metamorfoses, e já dezenas de flores se transformaram relogioflor negros relogioflor rubros relogiofior verdes relogioflor níquel relogioflor azuis relogioflor lilases relogiofior amarelos relogioflor prata relogioflor marrom relogiofior água tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic relogioflor ouro relogioflor platina relogio flor tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic relogioflor íris relogioflor lírio tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic relogioflor flor relogioflor hidrogênio relogiofl tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic tic TIC TIC TIC TIC TIC TIC TIC TIC TIC TIC TIC TIC TIC TIC TIC TIC TIC TIC TIC TIC TIC TIC TIC Relogiofiorverderelogioflorrubrorelogioflornegrorelogio
florpratarelogioflorazulreloTICTICTICTICTICTICTIC TICTICTICTICTICTICTICTICTICTICTICTICTICTIC
TICTICTICTICTICTICTICTICTICTICTICTICTICTIC TICTICTICTICTIC

atordoado afastei-me até o terraço a alguns metros do jardim; a esta distância a zoada era suportável. Acendi um cigarro e fiquei a fumá-lo, recostado a uma coluna, o pé contra a parede. O jardim zunia como se ocupado por um exército de bichos metálicos.

Dormi mal aquela noite, pois no mais retirado quarto da casa chegava a trepidação do jardim. Vim para a janela curtir minha insônia. Lá na escuridão do quintal, o jardim batia freneticamente. E assim noites e noites e noites e noites.

Veio o inverno. Os relógios vicejavam estrelados em suas corolas de cor. Pelos algarismos coloridos os ponteiros negros azuis rubros assinalavam as múltiplas e surpreendentes ordens do tempo

O verão voltou com um vento áspero soprando. As pétalas se desprendiam. O sol amarelecia a folhagem.

O jardim ia calando, cansavam-se um a um os seus múltiplos relógios. Enferrujavam.

Da janela do quarto, vi o primeiro que se abriu como um estojo e despediu no vento uma carga de sementes. Outros se abriram. O quintal se povoava de grãos esvoaçantes. Uma brisa mais forte lançou uma centena deles contra meu rosto e me encheu o quarto.

Uma semana, e o jardim parecia morto. Das hastes pendiam os relógios envelhecidos, abertos como bocas de ferrugem, vazios. Os mostradores coloridos mofavam, desbotavam. Caminhei entre eles, examinando-os, quando uma zoada débil

tic tic tic tic (interrompeu) tic tic

Detive-me atento para localizá-la... Era um pequeno relogioflor níquel que permanecia fechado e ainda funcionando penosamente.

Toquei-o: trabalhou um instante e parou de novo. Temtei abri-lo - impossível. Doía-me vê-lo assim enguiçado e cheio de sementes. Bem, só um relojoeiro daria jeito na situação. Saí atrás de um catálogo telefônico.

Mas viajei para a Europa e me esqueci. Certa manhã, na Praça de São Marcos, desvendei o mistério do crânio. Tinha sido urinol de uma das filhas de Carlos Magno; depois, capacete de um dos mais valentes soldados do rei, apaixonado da moça; fora também crânio de herói, e, antes, muito antes, almofariz de Osíris; peça de ritual na Trácia, o Santo Graal, taça de festim, coroa imperial, tigela, jarra, ilíaco de inseto, píxide, dentadura postiça, corola de flor interplanetária e cinzeiro.

Hoje é, de novo, urinol. Amanhã terá outro nome e outra glória, talvez. Eu mesmo já o faço minha escarradeira, já o encho de hortênsias, já nele mijo e defeco. Já o contemplo a um canto inútil e esplendente.

Ou tomo-o nas mãos e o escuto, e ele soa como um búzio. O mar, porém, que ecoa nele é outro. É um mar que nunca vi, cujo nome não conheço, que não imagino e que prefiro não inventar.

Chegado(s) ao mercado

GC Diver Chic. Cronógrafos de quartzo, caixas em aço, de 38,5 mm. Biseis em ouro rosa e cerâmica branca ou negra, mostradores em madrepérola branca ou preta. Coroas de rosca, estanques até 100 metros. PVP: 575 €

Longines patrocina concurso hípico Piazza di Siena (Itália)

A Longines foi pelo 13º ano consecutivo timekeeper do concurso de saltos CSIO Piazza di Siena (Itália), que decorreu no passado fim-de-semana.

Completada esta prova, os cavaleiros Pénélope Leprevost (França) e McLain Ward (EUA) comandam as classificações feminina e masculina do Longines Press Award for Elegance, que será entregue na prova final do circuito, o CSIO Dublin, a 8 de Agosto.

Cada um dos vencedores receberá um troféu, um conjunto de dois relógios Longines e um cheque de 20 mil francos suíços.

Memória - Especulações II*

Santo Agostinho

Uma das mais famosas definições de Tempo, no Ocidente, é a que é dada por Santo Agostinho, no seu Livro XI das Confissões. “Pois, que é então o tempo? Quando ninguém mo pergunta, eu sei o que é; quando se trata de o explicar, já não sei”. Depois, Santo Agostinho especula sobre a relação entre passado, presente e futuro. E o presente, logo que acontece, torna-se passado, faz notar o Doutor da Igreja.

Pouco citado é o raciocínio que se prende a estes e que é feito à base das suas experiências musicais: “Quero cantar um trecho que sei de cor: antes de começar, a minha atenção dirige-se para o conjunto desse trecho; logo que começo a cantar, tudo o que lanço cá para fora cai no passado e vai parar assim à minha memória. Toda a minha actividade é assim dirigida em duas direcções: ela é memória em relação ao que eu disse; ela é futuro em relação ao que eu vou dizer. Mas a minha atenção continua presente, ela divide o que ainda não ocorreu do que já deixou de ocorrer… E o que se passa para o conjunto do trecho cantado, produz-se para cada uma das suas partes, para cada uma das suas sílabas…; isto é válido para a vida inteira de um homem”.
Isaac Newton

É com Newton (1643-1727) que a noção de Tempo adquire uma modernidade radical. Nos seus Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, o físico inglês apresenta duas noções de Tempo: “O tempo absoluto, verdadeiro e matemático, sem relação com nada exterior a si, que flúi uniformemente, e se chama duração. O tempo relativo, aparente e vulgar, que é essa medida sensível e externa de uma parte da duração (igual ou desigual) de um movimento: essas são as medidas das horas, dos dias, dos meses, etc… de que nos servimos normalmente em lugar do tempo verdadeiro”. É com Newton que se funda o emprego pelos matemáticos e físicos do parâmetro T. Existirá então um movimento perfeitamente uniforme que possa servir de medida fiável do tempo? Ninguém o pode afirmar ou infirmar. Mas Newton é taxativo: “O tempo absoluto deve fluir sempre da mesma maneira”.
Immanuel Kant

Kant (1724-1804), na sua Crítica da Razão Pura, escreve: “O tempo não é um conceito empírico ou que derive de qualquer experiência. Com efeito, a simultaneidade e a sucessão não surgiriam por si na nossa percepção, se a representação do tempo não lhe servisse a priori de fundamento […]. O tempo é uma representação necessária que serve de fundamento a todas as intuições. […]. O tempo tem uma única dimensão; tempos diferentes não são simultâneos, mas sucessivos. O tempo não é um conceito discursivo, ou, como se diz, geral, mas uma forma pura de intuição sensível”.

Só com Einstein se passa a tratar o Tempo apenas como mais uma coordenada e não como o cenário do Absoluto onde toda a Realidade se integra.

*A Máquina do Tempo, crónica publicada no suplemento Casual, Semanário Económico, 12/10/07

Chegado ao mercado

O Jaeger-LeCoultre Amvox5 World Chronograph, primeiro relógio da colecção Amvox que associa a função de cronógrafo à de horas universais, assinala o quinto aniversário da associação entre a Jaeger-LeCoultre e a Aston Martin.
Cronógrafo automático, da manufactura, decorado à mão. Rotor em ouro. Horas do mundo, indicador de funcionamento. Caixa em cerâmica, de 44 mm. Coroas e botões em ouro rosa ou titânio. Estanque até 50 metros. Limitado a 300 peças em cerâmica e titânio e 200 em cerâmica e ouro.

Paul Picot organiza concurso de fotografia na Net

A partir de 25 de Junho, a manufactura relojoeira suíça Paul Picot organiza o concurso fotográfico online "Helmut Newton".

Helmut Newton colaborou numa campanha da Paul Picot, em 1993, e o resultado foi a foto acima. Agora, há um concurso inspirado no estilo provocador, mas refinado, do conhecido fotógrafo, recentemente falecido.

Para saber mais pormenores sobre o concurso, vá aqui.

Newsletter de Horlogerie Suisse

Já está disponível a Newsletter de Junho do site Horlogerie Suisse. Um artigo sobre os turbilhões e o efeito que eles realmente têm na melhoria do isocronismo dos relógios de pulso pode ser lido aqui.

Jorge Rodrigues de Freitas (1935 - 2010)


Faleceu Jorge Rodrigues de Freitas, da J. Borges de Freitas.

Em 1946, João Borges de Freitas funda a J. Borges Freitas, Lda., dedicando-se à comercialização de marcas próprias de relógios com gamas económicas.

Com a evolução do mercado e já com a direcção do seu filho Jorge Rodrigues de Freitas, a JBF teve necessidade de se adaptar às novas realidades, dando os seus primeiros passos na importação e distribuição de marcas internacionais de relógios e jóias de grande prestígio.

A JBF tem actualmente no seu portfólio a Zenith, a Pequignet, a Hermès, a Saint-Honoré e a U-Boat, e nas jóias e pratas, a Xen e a Plata Pura. Até há quatro anos representava também a IWC.


Jorge Borges de Freitas no Mónaco, em 2007, numa gala Zenith; com a filha, Ana de Freitas, na mesma ocasião

Em baixo, Jorge Borges de Freitas e a filha, na edição de 2009 da Portojóia


Bolseiro em Paris na sua juventude, Jorge Rodrigues de Freitas sempre teve a paixão da pintura, que praticou ao longo da vida.

Jorge Rodrigues de Freitas foi activo no movimento associativo do Porto - tanto no Futebol Clube do Porto, onde foi Director; como no sector da Ourivesaria, onde foi dirigente.

À família, na pessoa de Ana de Freitas, desde há anos na direcção da J. Borges de Freitas, Estação Cronográfica apresenta as suas condolências.

Chegado(s) ao mercado

Just Cavalli Sign. peças em aço.
PVP: 74 €
PVP: 88 €

H. Stern inspira-se no Grupo Corpo para nova linha de jóias

Como já tivemos ocasião de referir em Estação Cronográfica, a casa joalheira brasileira H. Stern criou recentemente uma linha inspirada em coreografias do Grupo Corpo, a mais conhecida companhias de dança contemporânea do Brasil e uma das mais respeitadas mundialmente.

Fundada em 1975, em Belo Horizonte, pelos irmãos Rodrigo e Paulo Pederneiras, hoje respectivamente Coreógrafo e Director Artístico da Companhia, o Grupo Corpo conta no seu repertório com 34 coreografias e já percorreu o mundo, em mais de 2200 espectáculos.

Estação Cronográfica assistiu em Palma de Maiorca, Espanha, a um desses espectáculos, no Auditorium local, esgotado para assistir a Bach, uma coreografia criada em 1996, e Parabelo, de 1997.

Aproveitando o evento, a H. Stern - ela mesmo uma empresa brasileira com projecção mundial - fez a a apresentação europeia da sua nova linha de jóias, inspiradas no espírito e nas coreografias do Grupo Corpo.

A nova colecção conta com sessenta e três peças, divididas por dez linhas, baseadas nos corpos e nos movimentos dos bailarinos do grupo de Minas Gerais.

As raízes tipicamente brasileiras da H. Stern estão igualmente presentes nos estojos utilizados para esta linha de jóias - são feitos em madeira de tupiniquim, uma árvore autóctone.

As fotos do Grupo Corpo em actuação são da autoria de José Luiz Pederneiras, as de produto são da H. Stern e as de ambiente são de Estação Cronográfica (depois do espectáculo, os jornalistas conviveram nos bastidores com os bailarinos e viram as novas peças).

Para saber mais sobre o Grupo Corpo, vá aqui.

A H. Stern é representada em Portugal pela Omoura (António Luís Moura / Fernanda Lamelas). "A partir de agora, vamos privilegiar cada vez mais o carácter do mundo lusófono, procurando valorizar o que ele tem de melhor, aproveitar sinergias", disse António Luís Moura a Estação Cronográfica. "Achamos que, a exemplo do que acontece com a H. Stern ou o Grupo Corpo, há muitos exemplos de sucesso e de internacionalização não só no Brasil como em Portugal e em outros países de língua oficial portuguesa. Vamos estar atentos e, de futuro, mostrar esses casos, especialmente no sector onde nos movimentamos, o Luxo".

Segundo António Luís Moura, "estamos a fazer, afinal, o que os Portugueses da época da Expansão sempre fizeram, e bem - ir em busca de artigos de luxo (na época, as especiarias, as pedras preciosas, o marfim, as sedas) e divulgá-los no mercado nacional".

Apesar da crise, ou mesmo até por causa dela, "é preciso fazer reviver essa tradição da busca pelo Luxo, sustentada num mundo global onde a Lusofonia e a sua múltipla riqueza cultural são um trunfo ainda pouco explorado", diz o empresário.
Bracelete em ouro rosa e cabedal

Bracelete em ouro rosa, com diamantes e fita de cabedal

Brincos em ouro rosa

Brincos em ouro rosa

Brincos em ouro amarelo e diamantes cor de cognac

Brincos em ouro amarelo e diamantes

Brincos longos em ouro amarelo e diamantes

Colar em ouro amarelo, diamantes e fita de cabedal

Pendente em ouro amarelo e diamante cor de cognac

Pendente e ouro amarelo

Anel em ouro amarelo e branco

Anel em ouro amarelo e branco

Anel em ouro amarelo e branco

Anel em ouro amarelo
Anel em ouro amarelo e diamante cor de cognac