domingo, 30 de abril de 2017
Relógios - Portugal à frente da Rússia e da Índia
Portugal à frente da Rússia e da Índia
E se lhe dissermos que Portugal gasta mais do que a Rússia, o Koweit, a Suécia, Turquia, Índia, Bélgica, Israel ou Malásia em relógios suíços? Com uma população a rondar os 10 milhões de habitantes e um dos Produtos per capita mais baixos da Europa, Portugal é mesmo um case study…
O país foi, em Março, o 20º destino das exportações relojoeiras helvéticas, aumentando 23,9 por cento o valor gasto, comparado com Março de 2016. No acumulado do trimestre, importou mais 10,7 por cento, para ser o 22º mercado.
Vários observadores do sector falam do fenómeno dos mercados paralelos (para onde são desviados as peças mais caras e procuradas) para explicar tal situação. Mas… perguntamos nós – quais mercados paralelos? É que os antigos mercados sedentos de modelos de produção limitada e rateada por países estão em quebra (acentuada) há muito e já não procuram com tanto afã esses relógios, pois ainda têm os que lhes couberam a fazer pó nas prateleiras.
Se, como é a sensação generalizada, os portugueses já não compram tantos relógios acima de mil euros como compraram… se os angolanos já não o fazem… se… se… Só se for a comunidade brasileira, hoje já mais residente do que turista, que deixou de comprar em Miami e passou a gastar milhares de euros num relógio em Lisboa ou no Porto.
A outra explicação – e é um mundo ainda pouco estudado – é o desvio, por parte dos importadores portugueses, dessas peças caras para a venda online, em sites não apenas portugueses, mas internacionais e globais. A preços que fazem guerra declarada aos pontos de venda estabelecidos e que não olharão com bons olhos para o fenómenos.
De qualquer modo, as exportações relojoeiras suíças conheceram pela primeira vez em Março um crescimento, após 20 meses consecutivos em quebra. Aumentaram no mês passado 7,5 por cento em valor, face a período homólogo de 2016.
No acumulado do trimestre, as exportações relojoeiras helvéticas experimentam uma quebra de 3 por cento em valor, mas com a queda acentuada de Hong Kong (primeiro mercado) a estancar (menos 0,1 por cento) e com o mercado chinês (terceiro), a mostrar franca recuperação (mais 16,5 por cento). O segundo mercado, o norte-americano, acumula uma quebra de 4,3 por cento no primeiro trimestre.
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