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sábado, 10 de abril de 2010

Relógios com complicações astronómicas - As pêndulas cosmográficas Mouret


Foi recentemente restaurada e reparada pelas oficinas de Restauro do Museu do Relógio, em Serpa, uma pêndula cosmográfica do tipo Mouret.

A peça, adquirida em França por um coleccionador brasileiro, tem algum interesse histórico e Estação Cronográfica voltará mais profundamente ao assunto.

Para já, dizer que Mouret terá levado 22 anos a desenvolver este relógio astronómico, havendo uma primeira patente em 1865, "S.G.D.G", ou seja, sem garantia do Governo.

Em 1877, Charles Hénard, estabelecido em Paris, e Étienne Lasnier apresentaram uma patente para um relógio de pêndulo cosmográfico, semelhante ao original de Mouret.

Os primeiros Mouret foram feitos na região do Jura francês, enquanto os de segunda geração, com base na sua invenção, começaram a ser também produzidos em Paris.

O exemplar que foi restaurado no Museu do Relógio, em Serpa, está assinado "CH Hénard, à Paris".

O sistema Mouret consiste num globo, obedecendo à inclinação do eixo da Terra, e que permite medir o tempo solar verdadeiro (pelo globo) e o tempo solar médio (pelo relógio), através de equação do tempo, bem como a duração do dia e da noite ou prever os solstícios e os equinócios.

Há um calendário, indicado com a ajuda de um aro horizontal, onde estão gravados os meses do ano, com 30 unidades cada.

A indicação das horas e dos minutos está nesse círculo, em numeração romana.


O exemplar restaurado pelo Museu do Relógio de Serpa é semelhante a um que se encontra no Salão Nobre da Escola Politécnica, em Lisboa. Ambos eram originalmente protegidos por campânulas de vidro. A base do segundo exemplar, em madeira, é mais rica que a do primeiro.

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